Freira intriguista é como uma terrorista, diz o Papa

(dv) Vatican Media / EPA

O Papa Francisco com as irmãs do Santuário do Senhor dos Milagres de Lima, no Perú

Durante uma visita este domingo a um convento em Lima, capital da Peru, o Papa Francisco afirmou que freiras “fofoqueiras” podem ser consideradas como “terroristas”.

O Papa Francisco recorreu ao humor no último dia da sua visita ao Peru, durante o qual visitou o Santuário do Senhor dos Milagres, onde se encontrou com religiosas de vida contemplativa, que, apesar do voto de clausura, tiveram autorização para ir ter com Francisco.

Entre outros momentos descontraídos, conta a RR, o Papa afirmou que a Igreja precisa muito que as monjas sejam desavergonhadas – ou seja, que não tenham vergonha de pedir que a miséria dos homens se aproxime do poder de Deus – e lembrou que uma “monja com o coração encolhido não pode ser uma boa monja”, porque não tem fecundidade e “fica azeda”.

Lembrando a sua própria experiência, Francisco sublinhou que há muitos mexericos nas comunidades religiosas, e que as monjas intriguistas são como terroristas – lançam bombas como os terroristas do Peru.  Segundo a agência ANSA, a declaração, que despertou risos entre os presentes, foi feita de improviso, quando o Pontífice falava sobre a importância de se evitarem as divisões na comunidade católica.

“O demónio é mentiroso e intriguista. Tenta dividir-nos, quer que uma pessoa fale mal de outra. Sabem o que é uma freira fofoqueira? É uma terrorista, porque a intriga é como uma bomba. Atira a bomba, provoca destruição e vai embora tranquila”, disse.

O discurso foi proferido perante as irmãs do Santuário do Senhor dos Milagres, a quem o Papa Francisco recomendou que “mordam a língua” para evitar as fofocas. “As enfermeiras vão precisar de trabalhar, porque as freiras morderam a língua, mas ao menos não atiraram a bomba”, completou o Papa.

Esta não é a primeira vez que Francisco se insurge contra a intriga. Em maio do ano passado, numa missa na Casa Santa Marta, residência onde vive, o papa afirmou que as intrigas são uma pequena forma de perseguição. Em 2013, tinha também pedido que o clero ficasse longe de intrigas para que a Santa Sé não caísse na mediocridade.

ZAP //

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