O ministro do Trabalho apresentou, esta terça-feira, aos parceiros sociais uma proposta de 580 euros para o salário mínimo em 2018, afirmando ser “muito provável” que o valor fique por aqui e sem contrapartidas para as empresas.
“A proposta do Governo é de 580 euros, é aquela que está no programa do Governo”, começou por dizer aos jornalistas o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, à saída da reunião da Concertação Social, em Lisboa.
“Se chegaremos ao fim com o valor de 580 euros? É muito provável”, acrescentou o governante, sublinhando que o aumento “só tem uma leitura”, que é a de que “a economia portuguesa pode encaixar nas suas variáveis estratégicas este aumento”.
O ministro afastou, porém, a possibilidade de contrapartidas para as confederações patronais aceitarem o aumento dos 557 euros para os 580 euros.
Vieira da Silva afirmou que o Governo está “sempre interessado” em criar um quadro favorável ao desenvolvimento das empresas, mas recusou um “instrumento específico como existiu no passado”, referindo-se à redução da Taxa Social Única (TSU), chumbada no Parlamento.
“Não é fácil encontrar algo diretamente ligado ao salário mínimo como era a TSU”, defendeu. A próxima reunião sobre o salário mínimo está marcada para dia 19.
// Lusa