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Man United vs Benfica | Águia de calculadora na mão

O Benfica sofreu nova derrota na Liga dos Campeões (a quarta em outras tantas partidas), ao perder, por 2-0, na visita ao terreno do Manchester United.

Uma infelicidade de Svilar, que antes havia defendido uma grande penalidade, colocou os “red devils” a vencer ao intervalo, sendo que o Benfica desperdiçou uma ocasião flagrante de golo no segundo tempo, num remate ao poste de Jiménez.

A equipa inglesa acabou por sentenciar a partida aos 78 minutos, num penálti convertido por Blind, obrigando o Benfica a esperar por uma combinação improvável de resultados para poder seguir em frente na prova.

O Jogo explicado em Números

  • Bom começo da equipa do Benfica, a entrar pressionante e sem medo do “inferno” de Old Trafford. A equipa “encarnada” teve muito mais posse nos 15 minutos iniciais (63%) e maior eficácia na distribuição (88% contra 82% do adversário), mas, ainda assim, a melhor oportunidade pertenceu ao United, que desperdiçou uma grande penalidade cometida por Douglas. Svilar redimiu-se do erro cometido no jogo da Luz e defendeu o remate de Martial, impedindo o golo que, àquela altura, os casa nada tinham feito por merecer.
  • Aos 22 minutos, Diogo Gonçalves obrigou David De Gea a uma grande defesa com um remate forte e colocado de fora da área. O jovem extremo português era um dos destaques no ataque do Benfica que, aos 25 minutos, repartia os seus passes para finalização pelo camisola 84 e por quatro outros jogadores: Douglas, Pizzi, Samaris e Salvio. O Manchester United, por sua vez, ainda só tinha um passe para finalização, por Blind.
  • À entrada para os últimos 15 minutos da primeira parte, o Benfica continuava a liderar em número de remates (6-5), embora o Manchester United tivesse já por duas vezes alvejado a baliza de Svilar, enquanto De Gea levava apenas uma defesa. Ainda assim, de salientar a superioridade das “águias” em termos de posse de bola (55%-45%), eficácia de passe (86%-82%) e número de passes (160-130).
  • Ainda antes do apito do árbitro, o Manchester United chegou ao golo, num remate de Matic que foi ao poste antes de bater nas costas de Svilar, entrando caprichosamente na baliza. O guarda-redes belga acabaria por redimir-se instantes depois ao negar o golo a Lukaku, que surgira isolado depois de um mau passe de Samaris.
  •  Finda a primeira parte, era notória a forma como o Manchester United havia crescido nos últimos 15 minutos. A equipa inglesa fechou o primeiro tempo com três remates enquadrados, dois deles de ocasiões flagrantes de golo, ao passo que o Benfica não rematava à baliza desde o “tiro” de Diogo Gonçalves, aos 22 minutos.
  • Ainda assim, era de registar a igualdade entre as duas equipas em termos de posse de bola e eficácia de passe. Matic liderava os  GoalPoint Ratings ao intervalo, com nota 5.7, fruto de 32 passes certos em 38 tentativas, 42 toques, quatro recuperações e um remate bloqueado.
  • Diogo Gonçalves e Salvio partilhavam a melhor nota encarnada, 5.3, com o português a dar nas vistas com um remate enquadrado, enquanto o argentino se destacava com três dribles eficazes em cinco tentativas.
  • Começo lento da segunda parte, com a única oportunidade de golo a surgir já no final dos primeiros 15 minutos, num remate rasteiro de Diogo Gonçalves a obrigar De Gea a nova intervenção de qualidade. Apesar de não ter feito nenhum remate enquadrado neste período, o Manchester United liderava em posse (55%-45%) e eficácia na distribuição (85%-82%).
  • Raúl Jiménez desperdiçou, aos 65 minutos, a melhor oportunidade de golo do Benfica até então ao rematar ao poste depois de um passe errado de Bailly. O mexicano era, à parte de Diogo Gonçalves, o jogador “encarnado” com mais remates, três, embora apenas um deles tivesse ido à baliza.
  • O Manchester United acabaria por fazer o 2-0 aos 78 minutos, numa grande penalidade convertida por Blind. Na génese da jogada esteve Rashford que, acabando de entrar, rompeu pelo flanco esquerdo, passou por adversários e acabou por ser derrubado por Samaris.
  • Um dos factores que explicam a superioridade do Manchester United está ligado aos duelos físicos. Volvidos 85 minutos, apenas dois jogadores do Benfica tinham uma percentagem de duelos ganhos superior a 50% – eram eles Pizzi e Fejsa, ambos com 60%. Rúben Dias, por sua vez, só vencera um terço dos duelos que disputara, enquanto Jardel se ficava pelos 43% de eficácia.

O Homem do Jogo

O golo tardio, da marca de grande penalidade, coroou uma belíssima exibição de Daley Blind, que voltou a pisar terrenos que não os seus (lateral-esquerda), mas que, mesmo assim, deu perfeitamente conta do recado.

O internacional holandês acertou 44 dos seus 50 passes, dois deles para finalização, tocou na bola 83 vezes e contabilizou seis intercepções e cinco alívios. O golo, apontado no único remate à baliza que fez, elevou para 6.4 a nota de Blind, que conquistou o título de melhor em campo nos  GoalPoint Ratings.

Jogadores em foco

  • De Gea 6.3 – Exibição irrepreensível do guardião espanhol, que fez cinco defesas, duas delas a remates de dentro da área, e acertou sete dos 14 passes longos que fez.
  • Rashford 6.1 – O jovem inglês esteve 17 minutos em campo, tempo suficiente para conseguir a terceira nota mais alta da noite. Para além de ter sofrido um penálti, Rashford acertou os sete passes que fez, um deles para finalização, conseguiu três dribles eficazes e venceu quatro dos sete duelos que disputou.
  • Pizzi 5.3 – O médio português foi o autor de um passe para finalização, 67 passes eficazes (nove deles longos) e 93 toques. Pela negativa, perdeu a bola 19 vezes, o máximo da noite.
  • Sivlar 5.1 – O belga foi infeliz no lance do primeiro golo, terminando a partida com quatro defesas, uma delas com os pés, e uma saída pelo solo eficaz.
  • Samaris 3.5 – O grego teve a pior nota da noite. Para além da grande penalidade cometida, perdeu a posse 19 vezes e falhou 12 passes. Ainda assim foi, a par de Douglas, o benfiquista com mais passes para finalização (dois).

Resumo

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