A Coreia do Sul está a desenvolver tecnologia capaz de paralisar os sistemas de energia norte-coreanos no caso de um potencial conflito militar entre os dois países, informou a agência Yonhap este domingo.
De acordo com a agência Yonhap, a tecnologia, que está a ser criada pela Agência de Desenvolvimento da Defesa da Coreia do Sul, será capaz de alvejar especificamente e paralisar os sistemas de energia norte-coreanos no caso de conflito militar.
As “bombas de apagão” tradicionais são habitualmente baseadas em ataques de pulso electromagnético, que geram grandes quantidades de energia electromagnética, que destrói total ou parcialmente os equipamentos electrónicos no seu raio de acção.
Em junho, o The Wall Street Jornal revelou que a Coreia do Norte estaria a desenvolver a sua própria bomba EMP, que seria capaz de que afectar terra, ar e espaço.
A bomba em desenvolvimento pela agência militar sul-coreana, no entanto, irá dispersar uma nuvem de fibra de carbono sobre as instalações eléctricas da Coreia do Norte, bloqueando toda a actividade dos sistemas de energia eléctrica. A tecnologia, segundo realçou a Yonhap, terá como alvo apenas os sistemas de energia elétrica.
Recentemente, o governo da Coreia do Sul declarou que “está a vigiar atentamente a situação, havendo a possibilidade de a Coreia do Norte levar a cabo provocações nos dias do aniversário do partido no poder”, numa referência a indícios de alegados preparativos de Pyongyang para novos testes de mísseis balísticos.
Pyongyang tem de mais de 7.000 bases subterrâneas
De acordo com estimativas realizadas pelos militares sul-coreanos, na Coreia do Norte há mais de 7.000 bases e instalações militares subterrâneas, segundo informa a agência sul-coreana Yonhap citando fontes do Ministério de Defesa do país.
Especialistas militares estrangeiros confirmam que há muito tempo que a Coreia do Norte está a ocultar instalações militares e estatais importantes em túneis subterrâneos e nas numerosas montanhas do país.
Segundo diz o colunista do jornal russo Rossiyskaya Gazeta Oleg Kirianov, este método permite esconder as instalações e protegê-las de possíveis ataques aéreos. Os engenheiros da Coreia do Norte têm ganho fama pela sua capacidade de construir túneis muito profundos em prazos curtos, acrescenta o especialista.
Nas montanhas de Myohyangsan, situadas no centro do país, em apenas um ano foi construído um enorme complexo, com vários quilómetros de corredores subterrâneos e salas dentro da rocha maciça, que serve actualmente para guardar os presentes recebidos pelos líderes da Coreia do Norte, Kim Il-sung, Kim Jong-il e Kim Jong-un.
ZAP // Sputnik News
Vamos la corrigir “destrói total ou parcialmente os equipamentos eléctricos no seu raio de acção.” Nao destroi os equipamentos electricos, mas sim os electronicos.
Caro João Correia,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
um bonito supositório à medida do back do trampa.
“A bomba em desenvolvimento pela agência militar sul-coreana, no entanto, irá dispersar uma nuvem de fibra de carbono”. O que devia ter sido dito era “uma nuvem de grafite”. A grafite é uma das formas como o carbono surge na natureza no estado puro. A outra é o diamante. A grafite é altamente condutora de electricidade devido à sua forma cristalina hexagonal. As camadas sobrepostas de cristais hexagonais têm pouca força atractiva entre si, permitindo que os electrões livres se desloquem através do intervalo entre elas. Não é por acaso que as escovas dos motores são feitas à base de grafite (auto-lubrificantes para reduzir o atrito e boas condutoras de electricidade). Na forma de diamante (estrutura cristalina cúbica) o carbono não conduz a electricidade. A fibra de carbono, se não levar aditivos como a grafite ou certos pós metálicos, é má condutora eléctrica, nunca podendo ser usada com um fim bélico deste género. Em vez de grafite, também se usam bombas à base de pó de alumínio, um excelente condutor de electricidade.
Gostei da explicação, obrigado