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Sporting vs Porto | “Dragão” bate no muro Patrício

Sporting e FC Porto empataram sem golos no primeiro grande “clássico” da Liga NOS 2017/18, em Alvalade.

Num jogo de domínio repartido, assistiu-se a um espectáculo de muita luta e intensidade, jogos tácticos a mudar o pendor da partida e algumas exibições individuais de relevo, como a de Rui Patrício. No final, um nulo que reflecte a pouca acutilância e competência ofensiva dos “leões” e as “mãos de ferro” do guardião leonino – Porto terminou com seis remates enquadrados, Sporting apenas com um.

O jogo explicado em números

  • Jogo muito táctico no início. Tanto Sporting como Porto optaram pelo reforço do meio-campo (mais o “dragão”, visto que o “leão” utilizou um figurino já habitual). Portistas com ligeiro ascendente nos primeiros dez minutos (54% de posse), e com o único remate, por Miguel Layún, enquadrado. Sporting forte nos duelos individuais, pois ganhou cinco de sete nesta fase.
  • O Sporting chegou aos 20 minutos sem qualquer remate realizado, enquanto os “azuis-e-brancos” somavam três, dois deles enquadrados. Porém, esses três disparos foram de fora da área, o que abona a favor da organização defensiva sportinguista.
  • À meia-hora o Sporting já conseguira inverter um pouco a tendência de domínio, com 54% de posse, mas remates nem vê-los. Nesta fase, Rui Patrício era o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.1, graças a três defesas e uma saída pelo solo.
  • Primeiro remate do Sporting, e enquadrado, surgiu apenas aos 43 minutos, de cabeça, por William Carvalho. Um pouco antes, Rui Patrício havia saído aos pés de Aboubakar, que apareceu isolado. E aos 44, Marega cabeceou à barra e Aboubakar fez a recarga, também de cabeça, para grande defesa de Patrício.
  • Domínio do Porto no primeiro tempo. Apesar de os “leões” terem registado um ligeiro ascendente em termos de posse de bola (55%), os “dragões” chegaram ao descanso com oito remates, cinco deles enquadrados, contra apenas um disparo dos anfitriões (também com boa direcção). O Sporting somou sete cantos contra dois, detalhe em que foi mais forte, porém sem consequência. O melhor em campo era, claramente, Rui Patrício. O guardião leonino registava ao intervalo um GoalPoint Rating de 7.2, pois foi o grande responsável pelo nulo – cinco defesas, três a remates de dentro da área, uma saída pelo solo eficaz.
  • Aos 59 minutos, Bruno Fernandes perdeu a melhor ocasião para o Sporting, ao atirar forte, mas por cima, em plena grande área, com tudo para marcar. Nos primeiros 15 minutos, os “leões” remataram duas vezes, o dobro da primeira parte, embora sem pontaria. E ganharam 14 de 19 duelos individuais.
  • Mais Sporting após o reatamento. Os “leões” assumiram as rédeas do jogo, com 54% de posse por volta dos 75 minutos, três remates (desenquadrados), contra nenhum do “dragão”. Equipa de Sérgio Conceição mais encolhida após o descanso e com dificuldade nos duelos, pois ganhou apenas 40% desde o início do segundo tempo.
  • Sporting terminou com mais posse de bola, um total de 57%, graças sobretudo a uma segunda parte em que atingiu os 60%. O Porto, contudo, pode lamentar-se de não ter marcado qualquer golo quando teve as melhores ocasiões e rematou mais (e melhor) que o seu adversário.

O Homem do Jogo

Grande jogo de Rui Patrício. O guardião da selecção portuguesa foi o principal responsável pelo nulo, em especial pela primeira parte perfeita que realizou, na qual fez cinco defesas, algumas de grande nível. Na segunda, perante o ascendente leonino, Rui Patrício apenas teve de fazer duas, mas numa delas negou o golo certo a Marega. Patrício terminou então com sete defesas, quatro a remates de dentro da grande área, e com um GoalPoint Rating de 8.2.

Jogadores em foco

  • Y. Brahimi 6.1 – O melhor do FC Porto mas… a grande distância do melhor da partida, Rui Patrício. O argelino fez um remate, enquadrado, dois passes para finalização e voltou a dominar nos dribles, com quatro certos em sete tentativas. Sofreu, porém, cinco desarmes e somou quatro maus controlos de bola.
  • Danilo Pereira 6.1 – Um esteio do FC Porto, como é hábito. Foi um trabalhador incansável, com seis desarmes, duas intercepções e cinco alívios, para além de nove recuperações de bola.
  • Bruno Fernandes 6.1 – Abaixo de Danilo e Brahimi por centésimas, foi o segundo melhor do Sporting, apesar de não ter feito um jogo brilhante. Fez um remate apenas, por cima, e no passe não passou dos 65% de eficácia, mas colocou a bola na área portista nove vezes e somou três desarmes.
  • Aboubakar 6.1 – O quarto jogador com 6.1. O camaronês foi esforçado e pro-activo. Fez três remates, dois deles enquadrados, e teve em Rui Patrício um verdadeiro pesadelo. Realizou ainda dois passes para finalização e tentou o drible quatro vezes, apenas uma com sucesso.
  • Jonathan Silva 4.4 – Jogo ingrato para o argentino. Foi o único com nota negativa. Tentou cinco vezes o cruzamento, sem eficácia, registou 33 perdas de bola e defensivamente fez quatro alívios e pouco mais. Registou ainda sete maus controlos de bola.
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