Cadeiras pelo ar e petardos na Assembleia Geral do Benfica

Manuel de Almeida / Lusa

Na Assembleia Geral mais concorrida desde 2003, data em que Luís Filipe Vieira assumiu a presidência, o relatório de contas do clube relativo à época passada foi aprovado por larga maioria. Mas também houve espaço para insultos, agressões e cadeiras pelo ar.

Na sexta-feira o SL Benfica realizou uma reunião na qual apresentou o relatório de contas relativo à época de 2016/2017. O documento foi aprovado com larga maioria, mas o que marcou a Assembleia Geral não foi isso, nem tão pouco o facto de esta ter sido a reunião mais concorrida desde que Vieira assumiu a presidência, com 1400 sócios a marcar presença.

Segundo o Record, o presidente dos encarnados e a restante direção foram alvos da ira e frustração dos adeptos, com insultos, agressões, cadeira e petardos a marcarem a noite.

O vice-presidente da mesa da Assembleia Geral, Virgílio Duque Vieira, e o secretário de mesa, Jorge Arrais, foram agredidos e o corpo de intervenção da PSP teve mesmo que ser chamado para acalmar os ânimos.

Face à ausência do presidente da mesa, Luís Nazaré, em campanha eleitoral na corrida pela mesa da assembleia de freguesia de Alvalade, foi Duque Vieira quem conduziu o ato.

A confusão começou quando um sócio dirigia críticas ao dirigente, que o interrompeu afirmando: “Ainda não perceberam que sou eu quem manda aqui“.

Acabava de proferir estas palavras e já os sócios se precipitavam para cima da mesa, tendo Duque Vieira sido agredido com uma chapada.

O ambiente incendiou-se, e uma das várias cadeiras que já andavam pelo ar acertou em Jorge Arrais, secretário da mesa da AG. O dirigente ainda voltou aos trabalhos, mas já com gelo na cara.

Duque Vieira viu o resto da reunião ser marcada pelos sócios que pediam a sua demisão. Nos momentos de maior tensão, o jornal desportivo regista que até petardos foram lançados no pavilhão onde decorria a Assembleia.

“Benfica é nosso” foram palavras de ordem muito repetidas e o responsável máximo das águias, Luís Filipe Vieira, também não escapou à tensão, tendo sido confrontado cara a cara por um sócio, tendo um outro insultado a Mesa antes de proceder à sua intervenção.