O Sporting perdeu os primeiros pontos no campeonato ao empatar, por 1-1, na deslocação ao terreno do Moreirense.
Sem Acuña, a equipa “leonina” revelou grandes dificuldades durante toda a partida, acabando por marcar apenas num autogolo, depois de os cónegos se terem adiantado no marcador, ainda durante a primeira parte do desafio.
Para além do resultado negativo, o Sporting deixou uma exibição muito cinzenta, nas vésperas da recepção ao “tubarão” Barcelona, para a Liga dos Campeões.
O Jogo explicado em Números
- Início de partida auspicioso por parte da equipa do Moreirense, que não se remeteu ao seu meio-campo. A principal ocasião dos primeiros 15 minutos até pertenceu aos da casa – um remate perigoso de Tozé que não passou muito longe da baliza. Ainda assim, o Sporting chegaria ao fim deste período inicial com mais posse (61%-39%), maior eficácia na distribuição (78%-59%) e com um remate, de Alan Ruiz, que quase apanhou Jhonatan desprevenido.
- O primeiro remate enquadrado da partida pertenceu mesmo ao Moreirense, aos 20 minutos, com Peña a não conseguir bater Rui Patrício no um-para-um depois de lançado por Tozé, que já somava dois passes para finalização.
- Volvidos 30 minutos, o Moreirense liderava em termos de remates (7-5) e disparos enquadrados (2-1), perdendo, no entanto, para o Sporting no que dizia respeito, por exemplo, a posse de bola (34%-66%) e eficácia de passe (60%-79%). Bas Dost continuava muito isolado dentro de campo, contabilizando até esta altura seis passes, sete toques e zero remates.
- Pouco antes do apito do árbitro, a equipa do Moreirense chegou à vantagem com um golo de Rafael Costa, que não se fez de rogado e desferiu uma verdadeira “bomba” depois de a bola ter sobrado para si graças a um corte deficiente da defesa “leonina”.
- Terminada a primeira parte, o Sporting dominava em quase todos os quadrantes, à excepção do número de remates efectuados e de ocasiões flagrantes criadas.
- Os “leões” tinham tido muito mais bola e maior clarividência na sua distribuição – sem terem, com isso, conseguido criar perigo junto da baliza dos cónegos.
- Rafael Costa surgia na frente dos GoalPoint Ratings, com 6.7, graças em grande parte ao golo apontado, a que somava dois passes para finalização.
- O melhor do Sporting era o extremo Gelson Martins 5.5, com um drible eficaz, um passe para finalização e três faltas sofridas, duas delas em zona de perigo.
- A entrada de Doumbia, ao intervalo, para o lugar de Alan Ruiz pouco ou nada mexeu com a partida. Nos primeiros 15 minutos da segunda parte não houve um único remate, salientando-se, uma vez mais, a pressão exercida pelo Sporting, que continuava a dominar a posse de bola (71%).
- O Sporting acabaria por chegar ao golo da igualdade aos 61 minutos, numa jogada de insistência, com Aberhoune a desviar a bola para a sua própria baliza após um remate de William Carvalho defendido por Jhonatan Luiz.
- Aos 67 minutos, Gelson Martins teve nos pés a oportunidade de fazer o 2-1 para a sua equipa, mas acabou por rematar à barra, desperdiçando um sublime passe para finalização de Bas Dost, o terceiro do holandês – que liderava esta estatística, apesar de ainda não ter feito nenhum remate.
- À entrada para os derradeiros cinco minutos, era visível que as alterações introduzidas por Jorge Jesus pouco ou nada haviam mexido com o jogo. Juntos, Doumbia e Iuri Medeiros somavam 12 toques na bola, enquanto Battaglia dava nas vistas pelo número de faltas cometidas – quatro, mais do que qualquer outro “leão”.
O Homem do Jogo
Frente a um Sporting desinspirado, Rafael Costa foi um verdadeiro “furacão”. O camisola 23 do Moreirense apontou um golo – e que golo – num dos três remates que fez, tendo sido o único jogador em campo com mais do que um disparo enquadrado.
Para além disso, registou três passes para finalização (só Bas Dost fez igual e ninguém superou esta marca), cinco duelos aéreos ganhos e quatro faltas sofridas. Tudo somado, o médio português conseguiu nota 7.0 nos GoalPoint Ratings.
Jogadores em foco
- Tozé 6.7 – Foi um dos principais obreiros da boa exibição dos cónegos. Fez quatro remates, um deles à baliza, dois passes para finalização (um deles para ocasião flagrante), sete recuperações e cinco desarmes.
- William Carvalho 6.3 – “Assistiu” Aberhoune para o autogolo, numa das quatro vezes que rematou (apenas uma delas de forma enquadrada). Foi o jogador com mais dribles eficazes (quatro), passes longos eficazes (12), toques (96) e bolas colocadas na área adversária (oito). Uma exibição competente a atacar e a defender.
- Bas Dost 5.7 – O seu único remate foi travado pelo corpo de um adversário, mas esteve bem na distribuição, com três passes para finalização, um deles para ocasião flagrante de golo. Disputou oito duelos pelo ar, vencendo quatro.
- Alan Ruiz 5.2 – Acabou por sair ao intervalo, depois de uma primeira parte muito apagada, com três desarmes sofridos, dez perdas de bola e dois remates (nenhum deles enquadrado).
- Fábio Coentrão 4.6 – Tarde para esquecer do lateral-esquerdo português. Nenhum dos seis cruzamentos que fez foi eficaz, perdeu 22 vezes a posse e controlou mal a bola em três ocasiões. Para piorar, o golo dos cónegos resultou de um erro seu.
Resumo
// GoalPoint