As autoridades mexicanas descartaram esta quinta-feira a existência de uma menina chamada Frida Sofia, que segundo a Marinha mexicana avançou esta quinta-feira, estaria soterrada nos escombros do Colégio Enrique Rébsamen, que desabou na Cidade do México.
O México parou e o mundo inteiro seguiu com desconcertante atenção a história de uma menina de 12 anos que estava viva, mas soterrada debaixo dos destroços do edifício do Colégio Enrique Rébsamen, que sucumbiu ao sismo.
Era o segundo sismo que o país enfrentava num espaço de um mês e a esperança era necessária. Talvez por isso os mexicanos se tenham agarrado com tanta força à esperança de ver emergir dos destroços uma vida com apenas 12 anos.
Mas a história começava a ficar inconsistente, com o colégio a dizer que todas as “Sofias” já tinham sido identificadas e que nenhum familiar tinha reclamado a criança. Dificuldades de comunicação, justificou-se. E o mundo inteiro acreditou.
Até que o subsecretário da Marinha, Ángel Enrique Sarmiento Beltrán, afirmou que apenas há indícios da presença de uma mulher adulta sob os escombros que trabalhava como inspetora do colégio, daí as operações de resgate continuarem.
Segundo a BBC, que cita Beltrán, todas as crianças do Colégio já foram identificadas e é conhecido o seu paradeiro.
O mundo seguiu com atenção a história de Frida Sofia, que afinal não existe, e até ao momento não foi apresentada qualquer explicação para a informação falsa que chegou a quase todos os meios de informação, um pouco por todo o mundo.
Agora, a estação de televisão mexicana Televisa exige explicações da Marinha, já que todas as informações sobre a existência da criança soterrada nos escombros foram avanadas por aquela autoridade.
Na altura, o almirante José Luis Vergara, oficial-maior da Secretaria da Marinha, que coordenava a operação tinha dito, em declarações à Televisa, um canal mexicano: “Sabemos dessa menina que está viva e ela diz-nos que tem outras crianças vivas perto dela. Não sabemos ao certo quantas são e queremos ter cuidado com a informação que divulgamos”.
Esta, no entanto, não é a primeira vez que o México enfrenta uma falsa história de esperança. No sismo de 19 de setembro de 1985 também existiu uma criança alegadamente viva e presa nos escombros que as autoridades tentaram resgatar mas que, afinal, nunca lá esteve, relembra o Observador.
Nessa altura, tratar-se-ia de um menino preso nos escombros da própria casa. O corpo de “Monchito“, como seria conhecido, nunca chegou a aparecer e nunca se confirmou se a criança alguma vez existiu.
Na altura, numa história que também fez correr muita tinta, ter-se-à pedido à pessoa debaixo dos escombros que batesse uma vez se fosse um adulto e duas, se fosse uma criança. Ao ouvirem-se duas batidas, o pai rapidamente assumiu que se tratava do pequeno Luis Ramón Nafarrete Maldonado, ou Monchito.
Sete dias depois de meios de equipas de resgate de todo o mundo e até a Cruz Vermelha se terem deslocado ao local foi encontrado um corpo: o do avô de Monchito, mas do pequeno Luís nunca mais houve sinais e nunca se chegou a saber se a criança efetivamente existiu.
Informação tendenciosa é o que não falta por aí…basta ler esta noticia “…e o mundo inteiro acreditou.”
Eu não fui um deles. Gente a morrer por dia é aos pontapés, seja naturalmente seja por acidente. Não acho que uma pessoa que morra tenha imediatismo por razao que seja, por idade que tenha, porque as outras tantas milhares que morreram ao mesmo tempo, não tiveram a mesma sorte de ser lembradas pelos midia.
Por respeito ás outras não dou importancia ( apesar de terem todo o direito de ser lembradas, como qq outra) às mortes anunciadas nos midia. Esses só o fazem porque vende.