Estamos prestes a assistir a uma nova corrida espacial para a ida à Lua, mas desta vez os intervenientes são a China e o Japão, em vez dos EUA e Rússia.
Durante a década de 60, a Guerra Fria despoletou o desejo de mostrar a superioridade tecnológica entre as duas super-potências mundiais, culminando com a concretização da famosa promessa de Kennedy, de colocar um homem na Lua antes do final da década – e, claro, de o trazer de regresso à Terra.
Meio século depois, o panorama espacial é bem diferente…
Actualmente, temos empresas privadas a liderar em termos de chegar ao espaço a custo reduzido, e em termos governamentais, são países como a China, Índia e Japão que parecem estar contagiados com o desejo das aventuras espaciais.
Segundo o Engadget, em resposta à proposta da China de nos fazer regressar à Lua em 2036, a agência espacial japonesa JAXA avança com uma data mais ambiciosa, de o fazer já em 2030.
No entanto, poderemos não vir a assistir a uma verdadeira competição, uma vez que aparentemente o Japão está mais interessado em se tornar parceiro do projecto Chinês, contribuindo para acelerar o desenvolvimento da missão – razão pela qual estará a apresentar uma data mais ambiciosa do que a inicialmente indicada pela China.
Além disso, em declarações à CNN, um porta-voz da JAXA disse esta sexta-feira que uma missão exclusivamente japonesa à Lua poderia ser incomportável para o país, e que o plano seria “fazer parte de uma missão multinacional”.
Também a Índia seria um forte candidato a fazer parte deste esforço, pois já testou com sucesso um space shuttle reutilizável o ano passado, e este ano bateu um recorde ao enviar 104 satélites para o espaço num único foguete.
Mesmo se deste lado do mundo temos a SpaceX a manter a actividade espacial nas páginas das notícias com regularidade, estes projectos mostram que o resto do mundo não anda a dormir… muito pelo contrário.