Dias antes do exame nacional de português – que se realizou esta segunda-feira -, circulou na internet o áudio de uma aluna que revelou o que sairia no exame. Podia ser só uma brincadeira, mas a verdade é que saiu mesmo. A fuga, “que terá partido da presidente de um sindicato de professores” e o Ministério Público vai investigar.
Alberto Caeiro, contos e poesia do século XX e a importância da memória: foram estes alguns dos assuntos que saíram no exame nacional de português. Mas antes de entrarem nas salas, muitos eram os alunos que já sabiam o que iam enfrentar através de uma gravação de áudio feita por uma aluna (por identificar) que se tornou viral nas redes sociais.
A decisão de investigar surge na sequência da divulgação do ficheiro que revela informações sobre a prova de Português da primeira fase “e que alegadamente foi difundido antes da aplicação da prova“, adianta o Instituto de Avaliação Educativa – IAVE – numa nota enviada à imprensa.
“Como habitualmente”, o IAVE “vai hoje remeter para a Inspeção-Geral de Educação e Ciência e para o Ministério Público todas as informações de que dispõe sobre o caso para efeitos de averiguação disciplinar e criminal”, sublinha o instituto responsável pela realização dos exames.
Segundo o Expresso, a situação foi denunciada ao Ministério da Educação por Miguel Bagorro, professor na Escola Secundária Luísa de Gusmão, em Lisboa, que teve conhecimento da gravação no sábado, através de um aluno a quem dava explicações de Português.
“Na altura não liguei, até porque todos os anos há boatos a circular sobre o que vai sair nos exames. Mas na segunda-feira, quando vi o que saiu na prova, fiquei estupefacto. O que foi dito na gravação foi exatamente o que saiu. Logo nesse dia, escrevi uma denúncia ao Ministério da Educação”, contou Miguel Bagorro.
Na denúncia que enviou ao Ministério da Educação e ao Júri Nacional de Exames, o professor refere que esta alegada fuga de informação “compromete seriamente a justiça do exame de Português” e defende que este “deveria pura e simplesmente ser repetido”.
“Independentemente de vir ou não a ser anulada, o que me parece óbvio é que tem de haver um controlo muito maior sobre as provas porque o que aconteceu descredibiliza totalmente os exames nacionais”, disse o professor.
// Lusa
E quantos, dos que sabiam, chumbaram? Essa é que é essa!
Pois, a verdadeira comuna, do sindicato dos professores, a funcionar na sua máxima força e eficácia. E as palavras não são minhas, pelo menos até à última vírgula…
Quem pensa que um Estado grande e dominante o é igualmente para todos, mais uma vez tem a lição de que somos todos iguais, mas uns mais iguais do que outros. É mais ou menos a história do pastor e do rebanho, ou a diferença entre os que fazem o espectáculo e os que batem palmas…
Essa foi muito profunda…