A apresentação de automóveis junto de viaturas históricas, no interior da exposição permanente do Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, está a ser muito criticada nas redes sociais.
O Museu dos Coches, em Belém, apresenta até domingo a VExpo 2017 – Salão Internacional do Veículo Elétrico, Híbrido e da Mobilidade Inteligente, que colocou automóveis lado a lado com os coches na sala de exposição permanente do museu.
Numa nota de imprensa divulgada pela DGPC, a entidade sublinha que “tratando-se de viaturas não poluentes, esta iniciativa constitui uma forma de sensibilizar o público para a importância de uma mobilidade sustentada, um tema inscrito na agenda do governo português e internacionalmente reconhecido como prioritário”.
A exposição suscitou entretanto polémica depois de ter sido fortemente criticada na rede social Facebook pela jornalista Paula Moura Pinheiro, cuja publicação recebeu um grande número de comentários com críticas à exposição.
“VERGONHA. Não é vergonha alheia, é vergonha própria. Vergonha como portuguesa e vergonha como profissional na área da divulgação cultural do património português”, escreve a jornalista.
“Foi o que senti esta manhã quando, numa visita ao Museu Nacional dos Coches, me deparo com dezenas de automóveis – leu bem, automóveis – entre os coches da melhor colecção do género no mundo”, acrescenta Paula Moura Pinheiro.
Esta quinta-feira, também o museólogo Luís Raposo, presidente do Conselho Internacional de Museus (ICOM), mostrou o seu “desagrado”.
Para Luís Raposo, é “altamente imprópria” a exposição de automóveis lado a lado com tesouros nacionais num museu. O presidente do ICOM-Europa, a maior organização internacional do setor dos museus, está totalmente “contra a mistura de marcas comerciais e venda de produtos comerciais no interior de exposições com peças dos museus”.
“Estas situações mostram que se continua a navegar sem horizonte, e falta uma verdadeira política museológica”, sustentou.
Para a Direção-Geral do Património Cultural, “a mostra dos carros elétricos em pleno espaço museográfico tem por objetivo acentuar o contraste entre a contemporaneidade e o passado, uma opção que não constitui novidade”.
Recorda que, ao longo dos anos, com o mesmo propósito, o Museu antigo (Picadeiro Real) foi pontualmente cedendo o seu espaço à exibição de novos modelos automóveis, “uma prática que sempre colheu enorme interesse por parte dos visitantes”.
A directora do Museu Nacional dos Coches, Silvana Bessone, já respondeu às críticas, afirmando esta quinta-feira que estão garantidas as condições de segurança dos coches e que não houve qualquer reclamação sobre a exposição.
“Não há nenhuma queixa de visitantes. Antes pelo contrário. De qualquer modo, é temporário”, acrescentou a diretora do museu, que reabriu ao público no fim de semana, com uma nova museografia.
Silvana Bessone indicou que “não há qualquer risco para as peças”, porque “as barreiras da museografia protegem os coches e impedem qualquer contacto, ao mesmo tempo que dão a informação necessária, interativa, em quatro línguas”.
ZAP // Lusa
Realmente!!!!!!!!!!!!!!!!
Não sei se também não é Vergonha esta senhora intitular-se de “jornalista”, visto que escrever no facebook, não pode… tal como, do ponto de vista dela, os museus “não podem inovar”, ela também deve limitar-se aos “Jornais”, e se possível apenas com versão impressa.
Para mim digo que o museu está inovar, misturar, reinventar, a ser criativo. PARABÉNS!!!
Como qualquer entusiasta de automóveis consegue entender a forte ligação entre o “Coche” e o atual automóvel, a revolução que estamos a assistir, vai mais uma vez, alterar por completo a definição dos nossos automóveis de hoje, com a evolução dos “carros elétricos”. Juntar mais de 500 anos de evolução acho fantástico!
Fica aqui uma definição de coche e digam de vossa justiça.
“A palavra coche surgiu na Europa, em meados do século XV, para designar um novo tipo de tração animal destinado ao transporte de pessoas,…”
Não consigo perceber onde está o problema!!
Daqui a 100 anos estes automóveis não serão reliquias? Qual é o problema? Não é melhor já lá estarem para ficarem em bom estado como os outros carros? OU querem depois meter lá um destes carros todos “velhos e a caírem aos pedaços” para se verem daqui a 100 anos?
Ó Rui, lê a notícia…
Muito mau mesmo…
Estes pseudo intelectuais….. já metem nojo! Deve ser por isso que a cultura neste país só dá prejuízo. É só para alguns se acharem importantes e sacarem uns bons cobres aos cofres do estado sem fazer nenhum.
Aqui está um bom exemplo de novas ideias e de como se consegue mostrar o que temos de melhor a um público que pode nem estar atento ao que temos cá. Grande ideia! Parabéns!
Na verdade, não se pode agradar a Gregos e a Troianos…
O que para uns é normal para outros desagrada. A jornalista é que não devia colocar a sua opinião como algo incontestável.
Afinal os carros de hoje serão peças de museu amanhã…
Porque não evidenciar no presente, a diferença do passado com o agora? Não será espetacular poder constatar essa diferença ali lado a lado? Isso já não é cultura? Porquê?
Não é cultura porquê? O automóvel cagou-se?
Será que os que não vem problema sabem mesmo o que é um museu?…Sabem???
Se não são objetos de museu (e não me parece que sejam) existem outras instalações mais apropriadas.
assim ao menos já vale a pena ir ao museu !!
A senhora coitada ofendeu-se, vejam lá que sacrilégio, mas não se inibiu de manifestar-se no Facebook onde se escreve tudo e mais alguma coisa, para essa sra, ali só uma mostra do cavalo Lusitano (para condizer).
Sim, sim…importante mesmo é perceber o destino que será dado às receitas conseguidas pelo aluguer do espaço cedido aos automóveis. Há receitas, não há?
Espero que sim.
E que tal uma exposição de caracóis com uma corrida em prova também!
Qual foi a parte que não compreenderam?
“A mostra dos carros elétricos em pleno espaço museográfico tem por objetivo acentuar o contraste entre a contemporaneidade e o passado, uma opção que não constitui novidade”.
O que é que existe de mal nisto???
Automóveis no Museu dos Coches é altamente impróprio porquê? Neste espaço rotulado de “Museu dos Coches”, demasiadamente contemporâneo, impróprios são os próprios Coches que de forma descontextualizada se expõe desde o dia 23 de Maio de 2015, nele apenas os bólides ficam bem! Quem visitou o anterior e verdadeiro Museu dos Coches sabe do que falo.
O museu que virou concessionário!!! Completamente descabido e sem sentido! Uma melhor ideia era colocar coches de outros países, etnias e culturas…isso sim, era trabalho…agora ir falar com o concessionário…pffff qualquer banana faz isso!!! MUITO POBRE de ideias essa direção!
aqui ponho esta questão!
o museu ganhou o devido para esta esposição?
eu quando fui lá paguei a entrada.
se não estragarem nada e o museu tiver proveito monetário para a manutenção do património, não vejo mal.
quando a joana vasconcelos expôs no palacio da ajuda, não ouvi polémica nenhuma.
os tempos mudam, o que é preciso é que haja competência para manter o património sem saquear os nossos impostos.