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Rapariga de 14 anos hospitalizada em Braga após desafio da “Baleia Azul”

Uma rapariga de 14 anos foi internada, esta quinta-feira, no Hospital de Braga, com sinais de auto-mutilação devido ao jogo virtual “Baleia Azul”.

Segundo o Jornal de Notícias, a menor chegou ao Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, acompanhada por um amigo mais velho e foi depois transferida para o Hospital de Braga, já ao fim da noite de quinta-feira.

O amigo contou aos médicos que os cortes no pescoço e nos braços da jovem foram auto-infligidos com um x-ato na sequência de uma das tarefas do jogo “Baleia Azul”.

Com este caso registado na quinta-feira, contabilizam-se pelo menos oito casos de auto-mutilação relacionados com o jogo em todo o país.

Em abril, uma rapariga de 18 anos foi encontrada com vários ferimentos junto à linha férrea do Algarve, em Albufeira, depois de seguir as regras do “Baleia Azul”. A jovem terá saltado de um viaduto e foi resgatada pelos bombeiro com ferimentos na cara e vários cortes numa perna que formavam a palavra “sim”.

Apesar de a maioria dos casos envolver adolescentes entre os 14 e os 18 anos, a GNR de Viseu recebeu, esta semana, uma queixa apresentada por uma pessoa adulta que realizou o primeiro desafio, decidiu não continuar e foi ameaçada.

Entretanto, foi detetado outro caso de envolvimento no “Baleia Azul” na zona de Viseu, tratando-se de uma adolescente de 15 anos que terá feito um golpe no pescoço com uma lâmina.

“Depois de tantas notícias, a jovem pesquisou no Google sobre o jogo, acabando por ser contactada por um indivíduo, que se supõe que seja brasileiro, e que insistiu para que participasse no jogo“, esclareceu o comandante da força policial local, Víctor Rodrigues.

Sabe-se ainda que a Urgência de Pedopsiquiatria do Porto já avaliou, no início deste mês, cinco menores com lesões associadas ao fenómeno Baleia Azul.

No jogo, os jovens são compelidos a seguir 50 passos, provando que completaram cada desafio com fotografias que enviam a um curador, que incita o jogador a cumprir os desafios – como escrever “F57” na palma da mão, com uma faca.

Outras tarefas incluem acordar às 04:20 e subir a um telhado ou uma ponte, cortar os lábios e falar com outros jogadores. O último desafio é o suicídio, da forma que o curador do jogo indicar.

A PSP já está a realizar ações de sensibilização nas escolas para demover os jovens de praticarem o jogo, alertando ainda os professores para comunicarem às autoridades quaisquer situações suspeitas.

ZAP //

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