O presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Mauro Xavier, demitiu-se do cargo por discordar da estratégia do partido para a capital, onde Teresa Leal Coelho é a candidata social-democrata às eleições autárquicas.
Entretanto, segundo o Expresso, Fernando Seara vai juntar-se ao gesto de protesto do ainda líder concelhio pela forma como está a decorrer o processo autárquico na capital e também vai sair.
Em declarações à agência Lusa, Mauro Xavier justificou a sua demissão com “divergências estratégicas e programáticas” relativamente às eleições autárquicas para Lisboa e considerou que “este não é o projeto que faria sentido” para a capital.
“Já que existe essas divergências, temos de respeitar os órgãos. É tempo de o partido se manter unido. Decidi sair porque acho que é o melhor serviço que faço ao partido”, acrescentou Mauro Xavier, que desde o início manifestou discordância relativamente ao processo de escolha do candidato social-democrata à Câmara de Lisboa.
Sublinhando que o combate se deve centrar “na oposição ao Fernando Medina e não nas divergências internas do PSD”, Mauro Xavier explica que a sua demissão “não tem que ver nem com a forma como o nome foi escolhido, nem com o nome em si próprio”.
“Eu entendia que já deveríamos ter candidato a um ano antes das eleições e temos um candidato a seis meses das eleições”, afirmou, lembrando que as divergências têm que ver “com a discussão do programa que irá ser apresentado à cidade e com o contributo que o PSD de Lisboa possa ter nesse processo”.
Mauro Xavier mostra-se disponível para “colaborar enquanto militante base” e diz que “enquanto presidente [da concelhia] não faz sentido”.
“Se eu não concordo com o calendário, não concordo com a estratégia não faz sentido liderar a ação no terreno”, conclui.
Na carta que divulgou na sua página no Facebook, Mauro Xavier escreve: “Com a escolha da candidata à Camara Municipal de Lisboa terminou um longo ciclo de oposição em que tive o privilégio de participar”.
“São conhecidas as minhas diferenças de opinião relativamente à condução deste processo e mesmo a minha divergência em relação à atual liderança, mas isso em nada condicionou o meu empenho e vontade de vencer Lisboa”, acrescenta.
Diz ainda não ser dos que partilha de uma “visão catastrofista destas eleições“. “Pelo contrário. Somos o Partido Social Democrata. Temos todas as possibilidades de vencer estas eleições. Mais do que isso. Temos o dever e a responsabilidade histórica de vencer estas eleições”, afirma.
O nome da vice-presidente do PSD para candidata do partido à Câmara de Lisboa foi aprovado em março pela distrital de Lisboa do partido. Teresa Leal Coelho foi escolhida com 23 votos a favor, dois votos em branco e um contra.
// Lusa
Eu entendo – há meses – que Pedro Passos Coelho devia “meter baixa” por incapacidade temporária, justificável por razões de saúde familiares.
Aprecio o Pedro Passos Coelho pelo que fez e pelo que mostrou ser capaz de continuar e espero que ele volte “em forma”, porque – de momento – não vejo outro “líder” capaz, o que se passa é “simples” contestação inconsequente e perturbadora.
E que tal…1 ou 2 anos “sabáticos” (até lá o PSD não pode ser candidato, António Costa tomou conta)
E que tal emigrar?
Vai-te embora que não fazes cá falta nenhuma.
Se essa é para mim só tenho a responder: VAI TU!
Essa é mesmo boa. Pode equacionar e boa hipótese, porque não se vislumbra para ele nenhum cargo no estado. Ele sim pode emigrar. Não faz cá falta, embora ele ache que sim, mas isso é próprio dos ego-istas.