Pelo menos 154 pessoas morreram este sábado na Colômbia devido às cheias causadas por três rios que transbordaram, arrasando vários bairros da cidade de Mocoa, no sul do país, junto à fronteira com o Equador.
“Acabaram de me reportar que vamos em 154 mortos, não sabemos ainda qual será o número final, continuamos as buscas e quero dizer que o meu coração e o de todos os colombianos estão com as vítimas desta tragédia”, disse aos jornalistas o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, quando chegou a Mocoa.
A tragédia ocorreu durante a noite quando um forte aguaceiro fez aumentar o caudal dos rios Mocoa e dos seus afluentes Sangoyaco e Mulatos, que transbordaram, provocando uma enxurrada de agua e pedras que arrastou tudo o que encontrou.
Assim que soube da ocorrência, o Presidente viajou até Mocoa para supervisionar as operações de resgate, que estão a cargo das unidades militares da zona.
Segundo o governante, “30% da chuva de um mês caiu durante a noite, o que levou a uma súbita e crescente subida do nível de vários rios”, causando as enxurradas.
Segundo informação do responsável do exército no local, os serviços de urgência do principal hospital da cidade de Mocoa colapsaram devido à quantidade de feridos que deram entrada.
De acordo com o último balanço, ficaram feridas 180 pessoas devido às enxurradas e estão desaparecidas cerca de 200.
O mesmo oficial do exército disse que as buscas continuam e estão a ser alargadas à região de Puerto Limón, onde apareceram alguns cadáveres.
A cidade de Mocoa, situada no meio da selva amazónica, apenas está ligada ao resto do país por via aérea e por uma estrada precária, o que dificulta a chegada de apoio, que, entretanto, começou a chegar, disse a mesma fonte.
// Lusa