O Partido Conservador do Reino Unido proibiu os membros do governo de sair do país devido ao início do Brexit, o processo de saída do país da União Europeia.
De acordo com o The Daily Telegraph, pelo menos dois ministros foram obrigados a mudar seus planos para visitar o estrangeiro em ligação com a situação. O jornal não especifica os nomes dos políticos.
“É impossível sair do país neste momento. Se isto continua, haverá um aumento da pressão para fazer eleições antecipadas”, diz um dos governantes, citado pelo Telegraph.
A limitação de sair para estrangeiro, segundo o jornal britânico, estará ligada ao facto de os conservadores terem uma margem mínima de vantagem no Parlamento britânico.
O partido no poder receia que a saída de ministros na véspera da votação do projeto de lei que lança o processo do Brexit poderia vir a mudar o equilíbrio de forças, e que alguns conservadores possam juntar-se aos apoiantes da UE, aprovando as mudanças ao documento propostas pela Câmara dos Lordes.
Na passada sexta-feira, o jornal tinha adiantado que a primeira-ministra Theresa May poderia activar Artigo 50 já na próxima terça-feira, 14 de março, depois de ambas as câmaras do Parlamento aprovarem o projecto de lei respectivo, no dia 13.
Os pares já introduziram duas emendas ao documento – uma das quais contempla a protecção dos direitos dos cidadãos comunitários que residem no Reino Unido, enquanto a outra concede poder ao parlamento para vetar os termos finais do acordo sobre o “Brexit”.
Segundo fontes do governo citadas pelo “The Guardian”, parlamentares conservadores “rebeldes” pediram ao ministro para a saída da União Europeia, David Davis, que se comprometa com “promessas firmes” em ambos os temas quando estes forem debatidos na Câmara dos Comuns.
“É completamente inaceitável que, caso não haja acordo, os britânicos, e seus representantes eleitos, os deputados, não tenham voz sobre o que vai acontecer em seguida”, diz a deputada Anna Soubry, um dos conservadores rebeldes.
Está no entanto previsto que o gabinete de Theresa May rejeite ambas as emendas.
O referendo sobre a saída do Reino Unido da UE foi realizado em 23 de junho de 2016 e foi aprovado por mais de metade dos votantes. Após o referendo, o então premiê britânico David Cameron renunciou ao mandato e foi substituído no posto pela chefe do Ministério do Interior Theresa May.
ZAP // Sputnik News / EFE
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