O Ministério Público (MP) acusou sete arguidos de matar um empresário de Braga e de dissolver o cadáver em 500 litros de ácido sulfúrico.
Em nota publicada no seu site, esta quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República acrescenta que os arguidos estão acusados dos crimes de associação criminosa, furto qualificado, falsificação ou contrafação de documentos, sequestro, homicídio qualificado, profanação de cadáver e incêndio.
Três dos arguidos vão ainda responder pelo crime de detenção de arma proibida.
De acordo com a acusação, os sete arguidos “organizaram-se entre si, criando uma estrutura humana e logística, com o propósito de sequestrar um empresário de Braga, de o matar e de fazer desaparecer o seu cadáver”.
Com isso, pretendiam “impedir de reverter um estratagema” mediante o qual o património dos pais da vítima fora passado para uma sociedade controlada por dois dos arguidos.
Na execução daquele propósito, e depois de terem monitorizado as rotinas da vítima, quatro dos arguidos dirigiram-se, a 11 de março, a Braga, em dois veículos automóveis roubados no Porto, numa empresa de comércio de veículos automóveis.
“Abordaram o empresário por volta das 20h30, meteram-no no interior de um dos veículos automóveis e levaram-no para um armazém, em Valongo, onde o mataram por estrangulamento, acabando por dissolver o cadáver em quinhentos litros de ácido sulfúrico, já noutro armazém, sito em Baguim do Monte”, acrescenta o comunicado.
Aqueles sete dos arguidos, entre os quais dois advogados, estão em prisão preventiva.
“Apesar da excecional complexidade de que indiscutivelmente se revestia, a investigação, a cargo da Polícia Judiciária e dirigida pelo Ministério Público, foi concluída no prazo de oito meses, sem que fosse suscitada qualquer prorrogação de prazos”, sublinha a procuradoria.
O processo tem mais dois arguidos, um dos quais é acusado dos crimes de falsificação ou contrafação de documento e de incêndio, e o outro de furto qualificado.
/Lusa