Hillary Clinton, derrotada por Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas de terça-feira, culpou este sábado o diretor da agência federal de investigação FBI pela derrota, noticiaram vários ‘media’ norte-americanos.
“Há muitas razões pelas quais uma eleição como esta não é bem sucedida”, explicou a ex-candidata democrata à Casa Branca, durante uma conferência telefónica com a comissão de finanças da campanha e doadores, disse um dos participantes ao ‘site’ de informações Quartz.
“A nossa análise é que as dúvidas levantadas pela carta do diretor do FBI, Jim Comey, eram infundadas e travaram a campanha” na reta final, afirmou Hillary Clinton, de acordo com aquele participante.
Sobre a segunda carta do chefe da polícia federal, divulgada dois dias antes da eleição, na qual iliba Clinton de qualquer responsabilidade, a ex-candidata afirma que reforçou a mobilização dos apoiantes de Trump, mas não mudou a opinião dos eleitores, de acordo com a mesma fonte.
Esta carta “foi uma motivação real para os eleitores de Trump“, acrescenta.
Depois da análise dos novos correios eletrónicos, o diretor do FBI escreveu, a 6 de novembro, que mantinha a posição tomada em julho, de que não havia matéria para acusar Clinton pela utilização de um servidor privado quando era secretária de Estado.
Estas informações do FBI foram “demasiado difíceis de ultrapassar” pela equipa de campanha de Hillary Clinton, contou um doador à cadeia de televisão CNN.
A antiga secretária de Estado norte-americana reconheceu, no entanto, que estes acontecimentos não tinham sido os únicos obstáculos no seu caminho.
/Lusa
Que desculpa mais esfarrapada!
Esta desculpa ilustra a falta de estatura política e de caráter da senhora para presidente dos EUA. A causa da derrota não foi nada essa. A América profunda, tradicionalista, está receosa e desconfiada dos efeitos da abertura e da globalização e Hillary Clinton apresentou-se como candidata da continuidade e do establishment, sem ideias próprias e sem independência.
A falta de confiança foi notória e de nada lhe valeu o circo mediático e o apoio das elites e dos artistas. O apoio do Presidente acabou por ser tabém uma espécie de abraço de urso.