O novo imposto sobre o património imobiliário, também conhecido como “Imposto Mortágua”, pode vir a motivar uma subida nos preços pagos pelos consumidores por diversos produtos e serviços. O alerta é da Confederação dos Serviços de Portugal (CSP), que se queixa de discriminação.
Esta nova taxa definida no Orçamento de Estado para 2017 aplica-se ao património imobiliário de valor acima dos 600 mil euros e não abrange as actividades da agricultura, da indústria e do turismo, que ficam isentas.
Já o sector dos serviços não é visado pela isenção, o que revolta a Confederação dos Serviços de Portugal que fala em discriminação, conforme sustenta o secretário-geral da estrutura, Martim Borges de Freitas, em declarações à TSF.
A CSP representa actividades económicas como as dos supermercados, dos centros comerciais, das comunicações e dos transportes que significam 20% do PIB português, conforme sublinha a TSF.
A rádio nota que “só as associações das empresas de distribuição e de centros comerciais estimam que o novo imposto lhes vá custar 30 milhões de euros por ano“.
Martim Borges de Freitas diz que ainda espera que o Parlamento rectifique a proposta do governo, mas caso isso não aconteça, o novo imposto sobre imóveis vai “repercutir até ao nível do consumidor”, avisa, admitindo que os preços podem vir a aumentar.
“Não faz muito sentido na lógica que o governo estava a fazer que coloca a tónica no consumo”, diz ainda o secretário-geral da CSP, considerando que as empresas vão sentir-se obrigadas a aumentar os preços “mesmo não o querendo fazer”.
ZAP