Vaticano proíbe católicos de espalharem cinzas dos mortos e de as terem em casa

7

catholicism / Flickr

O papa Francisco

O papa Francisco

A conservação das cinzas dos mortos em casa e a sua dispersão pelo ar, terra ou mar passou a ser proibida pelo Igreja Católica, refere o Vaticano num documento divulgado nesta terça-feira.

No texto da Congregação para a Doutrina da Fé, o Vaticano salienta a preferência da Igreja Católica pela sepultura dos mortos, mas não proíbe a cremação, “a não ser que tenha sido preferida por razões contrárias à doutrina cristã”.

Proibida é, todavia, a conservação das cinzas dos mortos em casa e a sua dispersão, conforme se sublinha no documento que deve servir de orientação para os católicos.

“As cinzas do defunto devem ser conservadas num lugar sagrado“, salienta-se no texto divulgado nas vésperas do Dia de Todos os Santos, que se assinala a 1 de Novembro, e que leva os católicos aos cemitérios para homenagearem os familiares mortos.

A Rádio Renascença transcreve o documento onde se determina que as cinzas devem ser guardadas “no cemitério, numa igreja ou num lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade eclesiástica”.

Desta maneira, está-se a “contribuir para que não se corra o risco de afastar os defuntos da oração e da recordação dos parentes e da comunidade cristã”, sublinha o Vaticano.

Estas orientações, nota o Vaticano, evitam ainda “a possibilidade de esquecimento ou falta de respeito que podem acontecer, sobretudo depois de passar a primeira geração, ou então cair em práticas inconvenientes ou supersticiosas”.

O Vaticano informa, porém, que a preservação das cinzas em casa pode ser autorizada, a título excepcional, “de acordo com a Conferência Episcopal ou o Sínodo dos Bispos das Igrejas Orientais” e “dependendo das condições culturais de carácter local”.

Também fica a nota de que as cinzas “não podem ser divididas entre os vários núcleos familiares”, nem conservadas “sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objectos”.

ZAP

7 Comments

  1. O destino dado aos restos mortais na exumação do cadáver, cinco anos após o enterro e efetuada por vezes sem a presença de qualquer familiar, não é, por certo, uma solução mais dignificante e honrosa.

  2. Mas será que alguém pediu opinião a esses senhores? Que poder pensam que têm para se imiscuirem em tudo ou quase tudo o que é relacionado com a nossa vida e o nosso livre arbítrio? Já não llhes chega terem queimado milhares na fogueira da “Santa Inquisição”, de castrarem a sexualidade humana, de repudiarem as minorias do seu seio, de descriminarem vergonhosamente as mulheres e agora ainda vêm chatear com as cinzas dos defuntos?
    Se olhassem mais para o seu umbigo talvez encontrassem muito com que se entreter e nos deixassem em paz!…

  3. É por esta e por outras semelhantes “doutrinas” que cada vez mais cidadãos deixaram
    de acreditar e ouvir estes papagaios que enchem a mula à custa da fé.

  4. Ainda hoje mantenho as cinzas da minha mãe guardadas, não tenho dinheiro para estar a reservar um espaço no cemitério ou igreja para ficarem lá, é por isso que deixo de ser cristão? Realmente, esta noticia não tem cabimento… afinal, a nossa religião é exatamente igual as outras, liberdade de expressão é nula… alias, sempre foi nula com o Clero a sabotar decisões politicas.

  5. Por favor gente, deixem de tanto se queixar dessa medida da Igreja. Se o Clero da nossa Santa Igreja resolveu tomar essa decisão, vamos aceitá-la confiando em Deus. Afinal nós cremos na Igreja de Cristo!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.