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Sonda Schiaparelli despenhou-se em Marte

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Sonda Schiaparelli ExoMars2016, da ESA e Roscosmos

Sonda Schiaparelli ExoMars2016, da ESA e Roscosmos

A nave europeia Schiaparelli “despenhou-se na superfície de Marte” na quarta-feira, anunciou esta sexta-feira um responsável da Agência Espacial Europeia (ESA).

De acordo com Thierry Blancquaert, em declarações à agência francesa France Presse, a ESA apercebeu-se do destino final da nave graças a uma foto tirada pela sonda norte-americana Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), que está a orbitar o planeta vermelho.

Há dois dias a agência europeia não sabia, com exatidão, o paradeiro da Schiaparelli, depois de perder contacto com a sonda.

As imagens feitas pela sonda orbital da agência espacial dos Estados Unidos, MRO, indicam que a sonda desaparecida caiu na superfície de Marte de uma altura de dois a quatro quilómetros e foi destruída pelo impacto, como muitos temiam.

A Schiaparelli “chegou à superfície de Marte a uma velocidade muito superior ao que estava previsto”, disse Thierry Blancquaert.

As fotos de baixa resolução tiradas mostram um ponto brilhante que a Agência Espacial Europeia (ESA) acredita ser o paraquedas de 12 metros que a Schiaparelli usou para abrandar. As imagens também mostram um bocado escuro e indistinto de entre 15 e 40 metros de tamanho a cerca de um quilómetro do paraquedas, que os cientistas acreditam ter sido criado pelo impacto da sonda após uma queda livre mais demorada do que o pretendido.

A ESA disse ser possível que o pouso da Schiaparelli tenha sido seguido de uma explosão, já que os tanques de combustível dos seus propulsores provavelmente ainda estavam cheios.

A Schiaparelli desceu ao planeta na quarta-feira para testar tecnologias para outra sonda que cientistas esperam enviar à sua superfície em 2020.

No entanto, o contato com o veículo foi perdido cerca de 50 segundos antes do pouso planeado em solo marciano, deixando o seu destino desconhecido até as imagens da NASA serem recebidas.

A parte inicial da missão, contudo, foi um sucesso até agora, já que a nave-mãe da Schiaparelli foi continua a orbitar Marte, de onde tentará encontrar indícios de metano e outros gases que podem indicar a presença de vida, além de também funcionar como uma estação de retransmissão de dados para a sonda que será enviada dentro de quatro anos.

ZAP / Lusa / Canal Tech

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