O homem conhecido como “Rei Ghob”, Francisco Leitão, condenado em 2012 por triplo homicídio, está acusado de 542 crimes de violação de 12 menores que aliciava para sua casa, segundo a acusação do Ministério Público a que a Lusa teve acesso.
De acordo com a acusação deduzida a 20 de maio, mas que só agora o Ministério Público (MP) da Lourinhã autorizou consulta, o arguido está acusado de 542 crimes de violação, seis de pornografia de menores e ainda um crime de ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada e devassa da vida privada.
Os crimes remontam a factos ocorridos entre 2009 e 19 de julho de 2010, data em que foi detido pela Polícia Judiciária por ser o principal suspeito do homicídio de três jovens, tendo vindo em 2012 a ser condenado a 25 anos de prisão.
O sucateiro convivia com vários jovens, na altura com idades entre os 14 e os 17 anos, fazendo-se passar pelo amigo que os levava a passear, pagava jantares ou bebidas e oferecia-lhes telemóveis.
Francisco Leitão dizia ter poderes sobrenaturais que comprovava com a “encenação de sessões espíritas e incorporações de entidades com recurso a adereços de magia, luzes e gravadores”, o que causaria medo nos jovens.
“As vítimas eram levadas a ter uma perceção adulterada da realidade, na qual acreditavam e à qual se sujeitavam, permitindo que o arguido as manipulasse”, refere a acusação.
O “Rei Ghob” levava as vítimas a acreditar que existiam “cópias” negativas dos humanos, que pretendiam a sua destruição. Para as salvar e eliminar, teriam de “atingir determinados níveis de energia no corpo”.
Para evitar as consequências, os jovens teriam de se sujeitar a “injeções de energia”, que seriam transmitidas do corpo do arguido para o corpo da vítima sob a forma de relações sexuais.
Por medo, os jovens acediam, sendo obrigados a cumprir um “calendário de práticas sexuais” com o arguido que, por vezes, incitava também práticas sexuais entre os jovens, observadas por si.
Com outros jovens, Francisco Leitão dava bebidas com “medicamentos ou substâncias análogas”, levando-os a estados e períodos de inconsciência para concretizar as suas intenções.
Em várias ocasiões, utilizava câmaras de vídeo instaladas na sua residência para filmar as práticas, sem o consentimento das vítimas.
Outras três pessoas chegaram a ser suspeitas de divulgar os vídeos produzidos pelo arguido, mas o MP veio a arquivar os factos por falta de provas.
Contudo, o processo foi reaberto na sequência de buscas domiciliárias da Polícia Judiciária e de novas denúncias no período em que o arguido esteve a ser investigado, julgado e foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver de três jovens.
Francisco Leitão foi detido preventivamente em julho de 2010, veio em março de 2012 a ser condenado a 25 anos de prisão pelo Tribunal de Torres Vedras e cumpre pena no Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus.
O arguido já foi também condenado por crimes relativos a detenção de arma proibida, falsificação ou contrafação de documento, simulação de crime e recetação.
O processo vai ser entretanto remetido para julgamento no tribunal da Comarca Lisboa Norte, em Loures.
/Lusa
E a Portugal esta pedir ao mundo inteiro para eliminar pena de morte…
Pois, porque realmente a morte do “animal” vai mesmo corrigir o problema!
Além de que os exemplos de países como os EUA (com pena de morte), com os números da criminalidade que tem e com 1/4 dos presos de todos mundo resolveram assim o problema… ou não!…
Já se este “bicho” tivesse morrido na altura da detenção é que não se perdida nada; antes pelo contrário!!