“A paciência tem limites e a de Isidre Fainé está a esgotar-se”. O aviso vem de Espanha, onde se diz que o Caixabank, banco liderado por Fainé, ameaça retirar a oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre o BPI face ao mais recente imbróglio judicial.
O Caixabank, que detém 45% do capital do Banco Português de Investimento (BPI) e que pretende controlar o restante, “fartou-se das boas palavras dos reguladores portugueses e do governo de António Costa”, escreve o jornal espanhol El Confidencial.
O diário cita “fontes próximas das negociações” para notar que a providência cautelar movida pelo accionista Tiago Violas, que detém 2,6% do capital do BPI, para tentar travar a proposta do Conselho de Administração de acabar com a limitação de votos em 20% que impede o Caixabank de controlar a gestão do banco português foi “a última gota que encheu o copo de Fainé”.
A administração do CaixaBank dava como certa a mudança nos estatutos do BPI “depois de obter o aval do executivo socialista” e estava segura de que poderia executar a OPA neste mês de Setembro, frisa o mesmo jornal.
Contudo, esse cenário complica-se com a providência cautelar de Tiago Violas que poderá impedir que a desblindagem de votos se consume na Assembleia Geral de accionistas do BPI que está marcada para amanhã, 6 de Setembro.
Se essa providência cautelar não for levantada e os estatutos não forem desblindados, o Caixabank retirará a oferta de 1,113 euros por acção do BPI, garante o diário espanhol.
A ameaça do banco espanhol não é nova e pode não passar disso mesmo, mas já provocou uma queda das acções do BPI que chegou a ser de 5%, conforme evidencia o Dinheiro Vivo.
O El Confidencial repara que o Caixabank considera a operação como “vital” porque lhe permitiria “liderar o sistema financeiro da Península Ibérica, claramente à frente de Santander e BBVA”.
ZAP
Olha que título interessante! Acabei de ver a notícia na televisão (SIC) e o que vi não foi isso.
Vi que o Caixa Bank estava a ponderar retirar a oferta de aquisição por duas razões, a principal, porque o maior accionista privado, o grupo Violas, ponderava pôr uma providência cautelar para travar o negócio porque considerava que o Caixa Bank, com esta aquisisção, ficava maioritário, o que significa, pôr e dispôr como bem entender. A segunda razão, efectivamente, tinha que ver com o governo, pois,na óptica deles, consideram que o governo também não está a fazer nada para “facilitar” o negócio.
Do meu ponto de vista, concordo. Os Bancos espanhóis detém, neste momento, cerca de 30% da Banca, de que são exemplos o Santander, o Banco Popular, o Banco Bilbao Viscaya, e mais alguns interesses noutros Bancos. Tudo somado dá cerca de 30% no mercado, chega!
Desculpem mas, ADORO O MEU PAÍS, ADORO SER PORTUGUÊS, e por isso, embora o investimento estrangeiro em Portugal seja extremamente importante, considero que devemos ter a nossa prória identidade e autonomia.
Sabemos que a Alemanha nunca perdeu, lá no seu intimo, o desejo “Nazi” de dominar a Europa. Poiis bem, militarmente não conseguiram mas, economica e politicamente, estão a consegui-lo. Este exemplo serve também para a Espanha, que, embora já cá tenha estado ( e foi corrida ) segue o mesmo exemplo.
Oh… coitadinhos dos artistas da Caixa Bank, estamos todos muito preocupados com as “ameaças” de banqueiros mafiosos…