Há dezenas de concursos para admissão de médicos para os hospitais do Algarve e das regiões do interior a ficarem desertos.
Apesar dos incentivos – mais dinheiro, mais férias e garantias de transferências dos filhos das escolas – continua a ser difícil captar médicos para estas regiões.
De acordo com o Jornal de Notícias, das 73 vagas abertas para médicos este ano no Algarve, 31 ficaram por preencher, sendo que, neste momento, ainda decorrem procedimentos para outros 20 lugares.
No interior do país, o cenário é ainda mais crítico. A maioria das vagas a concurso da primeira época de 2016 para pessoal médico da área hospitalar nos hospitais de Castelo Branco, Covilhã e Guarda ficaram por preencher.
Na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), das 22 vagas colocadas a concurso, apenas três foram preenchidas (cirurgia geral, neurologia e saúde pública).
No Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), que inclui os hospitais Pêro da Covilhã e o hospital do Fundão, de 23 vagas, apenas cinco lugares foram preenchidos (medicina interna, neurologia, cirurgia geral e duas em psiquiatria).
O panorama é em todo semelhante na Guarda, onde a ULS local colocou 16 vagas a concurso, sendo que apenas quatro foram preenchidas (saúde pública, medicina interna, pediatria e psiquiatria).
“Esta é uma realidade que, como se sabe, não é nova e que, de há uns anos a esta parte, tem exigido diversas medidas incentivadoras à fixação de médicos no interior”, explica José Tereso, presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).
Sendo impossível suprir as necessidades na origem, esta falta sistemática de médicos levou ao estabelecimento de protocolos entre algumas unidades hospitalares pelo país para o intercâmbio de médicos.
De acordo com José Tereso, uma das últimas medidas foi concretizada no final de junho, em Coimbra, com a presença do Ministro da Saúde, com a celebração de protocolos entre o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e todos os hospitais da região Centro.
O responsável explica que, na prática, a celebração destes protocolos pretende “tornar possível a deslocação regular de clínicos de diversas especialidades a esses hospitais, de acordo com a identificação das suas necessidades”.
Notícia atualizada às 17h45 com informações da agência Lusa
ZAP
Se o Ministério da Saúde fizesse como no caso dos Militares do Quadro Permanente ( terminado o curso são colocados onde fazem falta, até máx 7 anos ),
não haveria falta de Médicos nestes locais.
O problema destes dirigentes é que não quiseram comer todos da mesma panela, sem distinções e com regras bem definidas, logo acabaram com o serviço militar obrigatório.
esta é uma classe que ninguem faz nada. ganharam “estatuto” e ninguem se mete com eles.
ha uns anos houve um ministro da saude que quis fazer isso, colocar os médicos onde eram precisos mas a ordem veio em defesa deles dizemdo que nao podem mandar os medicos para onde nao querem.
eles fazem o juramento dizendo que defendem a vida, mas acho que essa vida so existe nas grandes cidade (clinicas privadas), o resto é tudo paisagens.
se eles têm que trabalhar no publico, deviam ir para onde faz falta os medicos.
concordo com o Sr ZÉPOVINHO. fazer o mesmo que fazem com os militares e com os agentes de autoridade.coloca-los onde sao precisos.
Concordando com o que já foi dito, acrescento os professores, que sem qualquer incentivo, periodicamente são colocados em qualquer ponto do país.
A nossa sorte é estarmos agarrados a Espanha se não com tanta gente à direita ainda nos inclinávamos pra esse lado. Lá teríamos a serra da estrela com mais uns quilómetros de altura
Para a esquerda correríamos o risco de já estarmos todos no fundo do oceano o que seria muito mais perigoso!
Como já aqui foi dito o grande mal é que os contribuintes pagam um balúrdio por cada um que se forma e no final não são obrigados a contribuir com uns anitos para o próprio estado que gastou muito dinheiro para os formar, assim que acabam os cursos a que dar a soleta para fora esquecendo que o povo pagou do seu bolso para ele estar onda está.
Quanto a mim isto de não terem de dar pelo menos dois a três anos aos hospitais públicos é uma vergonha para o nossos governates e ponto final.
Quem crítica estes profissionais que queimaram noites e pestanas sem sair à noite para aceder à única forma de ensino que existe neste país, o público. Com médias acima de 18, 18,5, 19 que se chegue à frente para tirar medicina durante seis anos, com exames dificílimos, mais uns anos de internato e especialidade para ganhar pouco mais de 1200/1300 euros por mês com 24 horas de serviço, sem quaisquer condições. Eu não tinha, nem tenho capacidade para aceder a esta profissão, por isso não critico.
Afinal o que é que os senhores doutores pretendem, nem mesmo à beira-mar junto às melhores praias do país lhes agrada trabalhar, pois devem ter razão os outros estendidos à beira-mar e eles fechados nos hospitais deve ser uma seca terrível. A melhor e mais barata solução quanto a mim será acabar com os cursos de medicina e pagar a médicos estrangeiros para trabalhar em Portugal, português que pretenda ser médico que pegue nas malas estude lá fora a seu custo e exerça lá a sua profissão, ficaria mais barato ao Estado e certamente teríamos médicos com mais fartura.
E depois a desOrdem dos Médicos diz que não há falta de médicos e que não é preciso aumentar as vagas. Eles só querem manter o seu estatuto. Vai-se a ver bem e não passam de mecânicos de corpos humanos em bicos de pés.