Os ministros dos Transportes da Austrália, China e Malásia decidiram suspender as buscas do avião da Malaysia Airlines que desapareceu, em 2014, com 239 pessoas a bordo.
“A suspensão durará até que apareça nova informação sobre a localização exata do avião”, afirmou o ministro dos Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai, ao canal de televisão Channel NewAsia, citado pela agência Efe.
Além de Liow, participaram na reunião em Putrajaya, na Malásia, os seus homólogos australiano, Darren Chester, e chinês, Yang Chuantang.
As operações de busca já varreram até agora 110 mil dos 120 mil quilómetros quadrados em que os investigadores acreditam ter caído o avião da companhia aérea da Malásia, situada no sul do oceano Índico, a cerca de mil quilómetros da Austrália.
Os trabalhos deveriam ter ficado concluídos este mês de julho, mas o inverno austral obrigou ao adiamento da conclusão até outubro ou dezembro, tempo que deverá ser suficiente para varrer os 10 mil quilómetros quadrados da zona estimada pelos especialistas.
Foram recuperadas cinco peças em praias na costa oriental de África, em Moçambique, África do Sul, Ilhas Maurícias e nas ilhas francesas de Reunião e Rodrigues, que os investigadores confirmaram como fazendo parte do Boeing desaparecido e que as correntes marítimas terão transportado a partir da zona das buscas até ao continente africano.
Os investigadores analisaram ainda outras oito peças encontradas na costa oriental africana.
Esta quinta-feira, o semanário Expresso adiantou que a empresa holandesa que lidera as buscas, a Fugro Survey, admitiu que pode ter estado a procurar os destroços no sítio errado.
“Se o avião foi tripulado [nos momentos finais] poderia deslizar para um longo caminho, mais longe do que a nossa área de pesquisa. Por isso eu acredito que a conclusão lógica será, talvez, outro cenário”, afirmou à agência Reuters o diretor do projeto Paul Kennedy.
“Se não estiver lá, isso significa que está em outro lugar”, acrescentou, citado pelo semanário.
O avião, um Boeing 777-200er, desapareceu 40 minutos depois de descolar do aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia, em direção a Pequim, pouco depois da meia-noite de 8 de março de 2014, com 239 pessoas a bordo.
A investigação oficial acredita que alguém desligou os sistemas de comunicação do aparelho, antes de este inverter o rumo e acabar por se despenhar numa zona remota desabitada do oceano Índico.
ZAP / Lusa