O grupo Visabeira vai investir 15 milhões de euros para instalar um hotel no Mosteiro de Alcobaça – e pagar ao Estado uma renda anual de apenas 5 mil euros, mais IVA.
A Direção-Geral do Património Cultural assinou esta semana com o grupo Visabeira um contrato de concessão do Claustro do Rachadouro do Mosteiro de Alcobaça, válido por 50 anos.
Segundo o DN, o acordo vai permitir ao grupo a construção de um hotel de cinco estrelas, de três pisos, 81 quartos e nove suites, SPA, ginásio, para além de espaços para organização de congressos e eventos.
O hotel foi desenhado pelo arquitecto Souto Moura, num investimento superior a 15 milhões de euros do grupo Visabeira, que deverá reabilitar e ocupar o Claustro do Rachadouro do edifício – cuja degradação se acentuou nos últimos 15 anos, desde que ali deixou de funcionar um asilo.
O contrato prevê o pagamento ao estado de uma renda anual de 5 mil euros – 416 euros por mês – mais IVA.
O concurso de concessão foi lançado pela DGPC em maio do ano passado, e determinava que os potenciais interessados na concessão do claustro e jardins envolventes apresentassem “uma proposta concreta, do ponto de vista arquitectónico”.
O concurso teve como único concorrente o Grupo Visabeira, que em fevereiro apresentou o seu projecto ao então ministro da Cultura, João Soares.
Em visita ao local na ocasião, Soares considerou que o projecto conjuga “a iniciativa privada com sensibilidade cultural e patrimonial com o esforço da autarquia” para viabilizar a recuperação daquele património.
O concurso determinava um ano para o desenvolvimento do projecto e três anos para construção.
No entanto,”o Grupo Visabeira acha que consegue cumprir em muito menor tempo estes pressupostos”, adiantou o presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, que prevê que a obra possa iniciar-se no final do ano e ficar concluída mais rapidamente.
ZAP / Lusa
5000 euros vai facturar a Visabeira por dia, na época alta, quando o hotel estiver a bombar! Assim também eu quero uma borla destas! Fazendo assim umas contas de cabeça, quer-me parecer que em 10 ou 15 anos recuperam os 15 milhões, depois é só lucro à pala do Governo!
Aproveitar alguns dos nossos monumentos ou parte deles como é este o caso para instalar hotéis e penso que será o mais indicado para estes casos, acho que é de aprovar porque de outra forma muito do nosso património está ás moscas e a cair de velho e ao abandono, só espero que as novas obras a acrescentar ao já existente não venham a destoar deste, quanto à renda não me posso prenunciar mas o investimento também é grande.
Não entendo… expropria-se em nome do povo e apropria-se em nome de quem?!?
Se o espaço é público, porque não utilizar como deve ser? Fazem-se universidades em tantos espaços sem jeito nenhum e ninguém se lembra de criar uma neste?!? Uma universidade pública num espaço como este fazia muito mais sentido para a reabilitação do que “oferecer” por 50 anos o que não é deles. Os contratos que podem prejudicar as futuras gerações deviam ser inviabilizados. Continuam a insistir em brincar com o nosso dinheiro e o nosso futuro, como se o amanhã não importe… mas importa. Um contrato destes, bom ou mau, nunca devia ter esta extensão…
Que tristeza viver num mundo assim…
Podiam aproveitar e fazer o mesmo à assembleia da república. Afinal, a médio prazo, mesmo com uma renda igualmente baixa, conseguíamos reduzir a despesa de “manutenção” que tem actualmente… parasitas inúteis!
Ora aí está uma boa ideia. Mas aposto que depois os mamões iam alugar salas do Hotel da Visabeira no Mosteiro de Alcobaça para realizar as sessões parlamentares por 1 milhão ao mês!!!
Com rendas destas é muito fácil viver à grande e manter os ricos cada vez mais ricos!
Isto é informação séria ou tomam-nos por parvos. Oh Costa acorda rapaz!