Comício de Trump na Califórnia marcado por confrontos com manifestantes

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Apoiantes do candidato republicano e manifestantes anti-Trump envolveram-se em confrontos esta quinta-feira durante um comício na Califórnia.

Manifestantes envolveram-se esta quinta-feira em confrontos com apoiantes de Donald Trump, durante um comício no San Jose Convention Center, na Califórnia.

Os manifestantes eram, sobretudo, das minorias hispânica e negra e levavam consigo bandeiras mexicanas. Imagens transmitidas na televisão mostram simpatizantes do republicano ensanguentados ou atingidos por ovos.

Algumas bandeiras e materiais da campanha do magnata americano também foram queimados durante os confrontos.

Entretanto, o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Paul Ryan, uma das mais altas personalidades republicanas, anunciou o seu apoio à candidatura de Trump à Casa Branca.

“Não há dúvida de que eu e ele temos as nossas diferenças. Não vou fingir o contrário (…) Mas a realidade é que, sobre as questões centrais do nosso programa, nós temos mais pontos em comum do que divergências”, afirmou num artigo publicado na página de um jornal local de Washington, o GazetteXtra.

O milionário, depois de ganhar as primárias em maio, conta com um número crescente de apoiantes dentro do partido, com a exceção, até hoje, de Paul Ryan, que condicionava o seu apoio a concessões ideológicas.

Um mês mais tarde, depois de uma conversa com o candidato, o presidente da Câmara de Representantes afirmou: “Donald Trump pode-nos ajudar a concretizar” inúmeras propostas que os republicanos pretendem apresentar ao Congresso a partir da próxima semana, sobre o sistema fiscal, de saúde, políticas estrangeiras, entre outras.

“De modo a pôr em prática estas ideias, nós precisamos de um presidente republicano que as aceitará transformar em leis. É por isso que, quando ele ganhou a nomeação, não pude oferecer o meu apoio a Donald Trump, sem primeiro discutir o programa e princípios básicos”, declara no artigo.

“Depois das conversações, estou convencido de que ele nos ajudará a transformar estas ideias em leis que nos permitirão melhorar a vida das pessoas. É por isso que vou votar nele no outono“, acrescenta Ryan.

Aos republicanos participantes no movimento “Tudo menos Trump”, que dizem preferir votar na candidata democrata Hillary Clinton, Paul Ryan também deu resposta.

“Uma presidente Clinton significaria quatro novos anos de nepotismo progressivo e de um governo mais centrado nele mesmo do que nas pessoas que deve servir”.

ZAP / Lusa

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