O presidente do Comité Olímpico Internacional alerta que “dezenas de atletas” podem ser afastados dos próximos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, por doping, após a realização de novos testes às amostras realizadas nos jogos anteriores.
Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional, escreveu esta quarta-feira no jornal francês Le Monde que o organismo decidiu reexaminar as amostras recolhidas nos Jogos Olímpicos de Pequim e de Londres, 2008 e 2012, respetivamente, “usando os métodos científicos mais recentes”.
“Esta ação decisiva vai provavelmente afastar dezenas de atletas, por doping, dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016″, escreveu Bach, num artigo de opinião publicado no Le Monde.
Na terça-feira, o Comité Olímpico Internacional (COI) anunciou que 31 atletas, de seis modalidades, estão em risco de falhar os Jogos Olímpicos Rio 2016, no Brasil, depois dos resultados positivos por doping verificados na reanálise de amostras de Pequim 2008.
Os 31 casos, de 12 nacionalidades, resultaram da reanálise de 454 amostras dos Jogos Olímpicos de Pequim, efetuadas na sequência da série de escândalos de dopagem que abalaram o desporto internacional.
A reanálise “centrou-se em atletas que potencialmente estariam no Rio 2016 e foi conduzida com o recurso aos últimos métodos científicos de análise. Como resultado, 31 desportistas, de seis modalidades, podem ser impedidos de competir nos Jogos Olímpicos do Rio. O comité executivo do COI acordou hoje, por unanimidade, desencadear de imediato os processos, com os comités olímpicos nacionais a serem informados nos próximos dias”, pode ler-se na nota publicada na terça-feira na página daquela entidade olímpica.
No comunicado, o COI assegura ainda que todos os atletas que comprovadamente infringiram as regras antidoping serão banidos de competir no Rio 2016, que vão decorrer entre 5 e 21 de agosto.
“A luta para proteger os desportistas limpos não parará aqui, já que o resultado da reanálise de 250 amostras dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 será conhecido em breve. O objetivo é impedir qualquer batoteiro de competir nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro”, acrescenta o texto.
O COI informou ainda que vai estender o espectro de análise a todos os medalhados de Pequim 2008 e Londres 2012, assim como a todos os atletas que podem herdar medalhas da desclassificação de infratores.
“Guardamos as amostras durante dez anos, para que os batoteiros saibam que nunca podem descansar”, lembrou o presidente da entidade, Thomas Bach.
ZAP / Lusa
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Nada de novo, por alguma razão se batem recordes novos em cada edição, tanta tecnologia existente que facilmente os poderiam apanhar na própria altura mas claro não interessa a muita gente, faz lembrar o futebol de hoje em dia.