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Sorriso de Mona Lisa pode ser do amante de Leonardo da Vinci

Mona Lisa (p.), por Leonardo Da Vinci

Um investigador de arte italiano tem a certeza de que Leonardo da Vinci usou dois modelos, uma mulher e um homem, para criar o famoso retrato da Mona Lisa. E o modelo masculino pode ter sido o amante do pintor.

A Mona Lisa foi um retrato encomendado por um abastado mercador de seda de Florença, que terá pago a Da Vinci para que este pintasse a sua mulher, Lisa Gherardini, que seria conhecida como Mona Lisa del Giocondo e cujos restos mortais terão sido encontrados por investigadores italianos.

Mas Silvano Vinceti, que lidera um grupo de investigação denominado Comité Nacional para o Património Cultural, garante que o pintor recorreu não apenas à mulher do mercador para fazer o quadro, mas também a um modelo masculino.

Nada mais nada menos do que Gian Giacomo Caprotti, um aprendiz de Leonardo da Vinci que era mais conhecido como Salai ou “Pequeno Diabo” e que seria também amante do pintor.

O detective de arte baseia a sua teoria em análises feitas com infravermelhos ao quadro que está no Museu do Louvre, em Paris, e na história que se conta de que a mulher do mercador estaria muito triste enquanto posava para o pintor.

Na tentativa de a animar, o mercador terá até contratado palhaços para a fazer sorrir, mas, nada resultando, Leonardo da Vinci terá recorrido ao amante para agradar ao cliente e colocar um sorriso no retrato.

“Há um elemento indisputável de prova que pode ser visto, com o uso da tecnologia de infravermelhos, na primeira camada da pintura da Mona Lisa. Nessa camada, podemos ver que ela não estava a sorrir e animada, mas parecia melancólica e triste”, explica Silvano Vinceti em declarações à Euronews.

O especialista relata: “pegamos em todos os quadros em que Leonardo usou Salai como modelo e comparámos-los com o da Mona Lisa e alguns detalhes correspondem perfeitamente. Por isso, ele usou dois modelos e depois acrescentou detalhes criativos, isso veio da sua própria imaginação”.

“Penso que isto está em linha com um fascínio de há muito tempo de Leonardo que era o assunto da androginia. Por outras palavras, para Leonardo, a pessoa perfeita era uma combinação de um homem e de uma mulher“, diz ainda o investigador.

Silvano Vinceti fala em particular do nariz, da testa e do sorriso da Mona Lisa, que serão idênticos a outros quadros de Leonardo da Vinci em que este usou Salai como modelo, nomeadamente em S. João, o Baptista e em Santa Ana.

Estas conclusões são contudo, olhadas com desconfiança por alguns investigadores, nomeadamente pelo professor de História da Arte britânico, Martin Kemp, que diz ao jornal inglês The Telegraph que os argumentos de Vinceti não passam de “uma mixórdia de coisas conhecidas, coisas meio conhecidas e de completa fantasia“.

Certo é que o sorriso enigmático da Mona Lisa vai continuar a intrigar o mundo por mais algum tempo, enquanto as diversas teorias em torno dele não se confirmarem – o que pode nunca vir a acontecer.

SV, ZAP //

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