A imagem do pequeno Aylan Kurdi morto numa praia turca espalhou-se nas redes sociais e causou emoção em todo o mundo. Mas a Organização Internacional para as Migrações alerta que tragédias como a do menino sírio continuam a acontecer todos os dias.
Segundo dados da OIM, apenas 217 dias após a tragédia que vitimou o menino curdo de três anos, 358 crianças já foram vítimas de afogamento na costa do Mediterrâneo.
As mortes destes menores, todas ocorridas nas águas do Mediterrâneo que separam a Turquia da Grécia, representam quase metade de todas as vítimas mortais mortas nesta rota, no mesmo período.
As crianças, normalmente embarcadas com a família em pequenos botes para fugir dos seus países em busca de melhores condições de vida, enfrentam perigos acrescidos e correm um risco elevado de vida durante a travessia.
Segundo fontes citadas pela OIM, esta quarta-feira ocorreu mais uma tragédia na costa da Líbia, quando um bote de borracha com 120 migrantes naufragou, pouco depois de partir em direcção a Itália.
31 migrantes foram resgatados pela marinha líbia, mas 89 náufragos continuam desaparecidos.
Aylan Kurdi, o menino curdo que morreu a 2 de setembro numa praia turca, viajava com a família, à qual tinha sido recusado o pedido de asilo ao Canadá, quando o barco em que viajavam naufragou. Apenas o pai se salvou do naufrágio.
As imagens do corpo de Aylan, morto sobre a areia da praia, percorreram a internet e emocionaram o mundo inteiro.
Desde então, 358 outros Aylans morreram.
ZAP
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