A túnica que terá sido usada por Jesus Cristo antes de ser crucificado foi recentemente restaurada em França e está a ser excepcionalmente exibida na basílica de Saint-Denys de Argenteuil, nos arredores de Paris, atraindo milhares de visitantes.
A peça de roupa é considerada pela Igreja Católica uma das maiores relíquias do cristianismo, ao lado do sudário de Oviedo e do sudário de Turim, que terá envolvido o corpo de Jesus no sepulcro.
A Santa Túnica, como é chamada a peça de roupa que teria sido usada por Cristo no caminho para a cruz, pertence à igreja francesa há 1200 anos.
A imperatriz Irene de Constantinopla, actualmente Istambul, na Turquia, terá oferecido a peça no início do século 9 ao rei francês Carlos Magno, que a doou ao clero de Argenteuil.
A Santa Túnica é exibida ao público, numa cerimónia conhecida como “ostentação“, de 50 em 50 anos.
Depois de ter sido exibida em 1984, a próxima ostentação seria apenas em 2034.
Mas, devido ao recente restauro da peça e das comemorações dos 150 anos da basílica de Argenteuil, a Igreja decidiu antecipar o evento.
Em circunstâncias normais, a túnica é conservada enrolada num relicário. Apenas um pequeno pedaço de tecido pode ser visto, através de um vidro.
A peça de vestuário é composta por mais de 20 fragmentos de tecido castanho. Num restauro anterior, tinham sido costurados num suporte de cetim claro, que estava muito deteriorado.
O restauro actual consistiu em retirar os fragmentos da peça original e recosturá-los sobre um tecido mais escuro e mais grosso.
“Constatamos que, com um fundo mais escuro, os buracos na peça de roupa ficam menos visíveis”, diz à BBC a restauradora de antiguidades Claire Beugnot, que já restaurou várias peças de tecido para o museu do Louvre.
“Desta forma, foi possível dar maior coerência, em termos visuais, à túnica”, acrescenta a restauradora.
Autenticidade contestada
Como outras grandes relíquias do cristianismo, a Santa Túnica tem também a sua autenticidade contestada por alguns.
Segundo a Igreja, que se baseia em estudos científicos, a túnica pertencente à basílica de Argenteuil é a que foi usada por Jesus antes de ser crucificado.
Desde o século XIX, inúmeros investigadores e cientistas analisaram a peça.
Foi demonstrado que quer o material usado, lã de carneiro, quer o método de coloração e o processo de tecelagem, correspondem às práticas usadas na Palestina e na Síria no início da era cristã.
Análises permitiram também identificar a presença de sangue nas costas e nos ombros da túnica, nos locais onde Jesus teria apoiado a cruz ao carregá-la.
Um outro exame revelou que o sangue encontrado na vestimenta é do tipo AB, o mesmo presente nos sudários de Oviedo de Turim.
Mas um teste de Carbono 14, para determinar a idade de tecidos orgânicos, realizado em 2004, revelou que a túnica teria sido tecida entre os anos de 530 e 640, ou seja, pelo menos cinco séculos depois da morte de Jesus.
Grande público
As autoridades religiosas afirmam que o teste de Carbono 14 nem sempre é preciso no caso de tecidos antigos.
A Igreja relativiza a conclusão deste teste científico, alegando que o resultado pode ter sido alterado devido ao facto da túnica ter ficado enterrada durante muito tempo e ter, provavelmente, entrado em contacto com materiais orgânicos em decomposição.
“Não há uma etiqueta nas costas onde esteja escrito Jesus da Nazaré. Temos indícios de que não há contradições em relação a datações antigas”, afirma o padre Guy Emmanuel Cariot, reitor da basílica de Saint-Denys de Argenteuil,.
“Sabemos que a túnica foi usada por um homem e que há sangue na peça, do mesmo tipo das duas outras grandes relíquias têxteis da Paixão do Cristo”, diz o padre, referindo-se aos sudários.
Na sua longa e tumultuosa história, a túnica, segundo os eclesiásticos, foi escondida numa parede do mosteiro da cidade, para a proteger da invasão dos vikings, e só foi descoberta na Idade Média, durante obras no local.
Vários séculos depois, durante a Revolução Francesa, a peça foi cortada em vários pedaços por um padre e enterrada, também para evitar a sua destruição total pelos revolucionários.
Os fragmentos só foram localizados muitos anos mais tarde, e nem todos as partes foram encontradas.
A Santa Túnica ficará exposta até 10 de abril. A expectativa é que 150 mil pessoas visitem a basílica.
Devido à grande afluência de público prevista, só será possível passar rapidamente em frente à redoma de vidro onde a peça é exibida.
ZAP / BBC
sim! e quanto custa a entrada????não acredito que os padres economistas permitam uma visita gratuita. Digo isto com todo o respeito pela religião cristã pois também assim me considero, mas desconfio dos homens…………
Mais publicidade enganosa da maior máfia do mundo – a igreja!!
Isto é uma tolice para enganar mais uns parolos. Então o homem não ia seminu a ser chicoteado pelo caminho e a sangrar? E agora afinal levava uma túnica? Quando será que a Igreja deixa de alimentar estas baboseiras que só desacreditam o trabalho que diz fazer? isto parece um modo tipo feira de arrecadar uns patacos para os padres!
Certamente, que não será preciso o teste do Carbono 14. Se analisarem bem, numa pontinha da túnica, ainda vão encontrar o ” madeira In China “
Se o pessoal do CSI Miami tivesse analisado o material em questão até descobria nele parte do chip do cartão de cidadão do JCristo com dados biométricos a atestar a veracidade do proprietário.
Eh Eh a igreja está com medo do que vem escrito na recente bíblia descoberta? e de ir por água a abaixo uma falácia com 2016 anos? Não temeis que há muitas donas Olgas a defender essa treta tão bem organizada.
A propósito quantos nomes da igreja estarão nos papeis do Panamá?