A denúncia foi feita através de uma carta aberta dos agentes de polícia do aeroporto de Zaventem, em Bruxelas: pelo menos 50 apoiantes do Estado Islâmico trabalham no aeroporto e têm acesso ao cockpit dos aviões.
É uma falha gigantesca de segurança. A carta dos agentes, divulgada por diversos sites belgas, como o HeT Belang Van Limburg, garante que entre os funcionários do aeroporto existem radicais islâmicos infiltrados nas lojas free shop, serviços de bagagem e de limpeza, com acesso às plataformas e cockpit dos aviões.
A revelação é também confirmada por Vincent Gilles, presidente do sindicato belga da Função Pública da Polícia.
Numa entrevista à RTL, Gilles garante que esses funcionários estão identificados desde os atentados de Paris.
Segundo Giles, os jihaditas foram identificados por funcionários que enviaram ao sindicato relatos a denunciar os colegas que celebraram os ataques de Paris.
Gilles acusa tanto a direção da polícia como a empresa que gere o aeroporto de nada terem feito, apesar da denúncia.
“É uma amálgama extremamente perigosa de pessoas que dizem: isso não é da minha responsabilidade. A empresa que gere o aeroporto, que é privada mas largamente sustentada pelo erário público, diz-nos que os ministros da tutela não dão diretivas”
“É uma lógica economicista. Do lado da polícia dizem-nos que não têm meios, que não lhes dão meios”, acusa Gilles.