Empresa misteriosa terá apresentado uma nova solução ao FBI para desbloquear o iPhone do terrorista de San Bernardino, já que a Apple não pretende ajudar as autoridades.
Até há pouco tempo, o governo norte-americano era categórico ao afirmar que a única forma de aceder ao iPhone do terrorista de San Bernardino seria através de um “backdoor” que teria de ser desenvolvido pela própria Apple.
Agora, uma solução alternativa parece ter sido encontrada para pôr fim à “guerra” que se instalou nos últimos tempos entre o governo e a empresa de Steve Jobs.
Segundo os promotores responsáveis pela ação movida pelo FBI, uma empresa apareceu com aquilo que pode ser o método alternativo para desbloquear o iPhone de Rizwan Farook, um dos responsáveis pelo massacre que fez 14 mortos em dezembro do ano passado.
Ainda não se sabe nada sobre qual será o método apresentado ou mesmo qual é afinal esta misteriosa empresa que prometeu levá-lo a cabo.
Certo é que esta novidade fez com que o órgão governamental americano pedisse o adiamento de uma audiência prevista para acontecer esta terça-feira, com a promessa de que a justiça seria atualizada face aos novos acontecimentos no próximo dia 5 de abril.
Para já, sabe-se apenas que é uma empresa privada e que a sua repentina oferta tem deixado o FBI “cautelosamente otimista”.
Recorde-se que também John McAfee, o criador do antivírus com o mesmo nome, se disponibilizou de imediato para ajudar as autoridades americanas.
Desde o início deste “litígio” que o FBI tem procurado outros métodos para conseguir aceder finalmente ao telemóvel.
“É por isso que pedimos ao tribunal que nos desse algum tempo para explorar esta nova opção”, afirmou uma representante do órgão norte-americano.
“Caso esta solução se comprove, isso vai permitir-nos fazer buscas no telefone, a fim de continuarmos as nossas investigações relacionadas com o ataque terrorista que matou 14 pessoas e deixou outras 22 feridas”, conclui.
Por outro lado, um executivo da Apple já deixou claro que a empresa nada sabe sobre este suposto método alternativo anunciado pelo Departamento de Justiça.
Aliás, o responsável assegura que não havia indícios de que o governo estaria a procurar outras soluções, porque o mesmo sempre foi insistente ao dizer que apenas a Apple seria capaz de o ajudar.
Desde o início do caso que a Apple sempre foi contra a vontade do governo em criar um “backdoor” que fosse capaz de desbloquear o dispositivo do terrorista.
O atual CEO da empresa, Tim Cook, alertou que esta é uma medida que pode pôr em causa a segurança de todos os seus clientes.
ZAP / Canal Tech