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90% das escolas chumbaram, só 10% passam a Física e outras curiosidades dos rankings

sampsyo / Flickr

foto: sampsyo / flickr

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Quase 90% das escolas com provas finais do 9.º ano a Português e Matemática “chumbaram” nos exames, uma vez que apenas 158 das 1.308 escolas onde estes se realizaram registaram uma média positiva na conjugação das duas disciplinas.

De acordo com a lista elaborada pela agência Lusa, que hierarquiza as escolas tendo em conta os resultados médios nos exames e a informação disponibilizada pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), o Externato Nossa Senhora da Paz, no Porto, com 44 exames realizados registou uma nota média na conjugação dos dois exames de 4,02 valores, a mais alta em todo o país.

A média de exames nesta escola – a única acima dos 4 valores – é também ligeiramente superior à média da classificação interna, que, no caso, se fixou nos 4 valores.


Alunos do privado com média positiva e público com negativa

A média das notas dos exames do 12.º ano das escolas públicas é negativa enquanto a das privadas é positiva, mas a diferença é de apenas 1,3 valores, segundo dados do Ministério da Educação e Ciência.

A média dos exames nacionais realizados no passado ano letivo pelos alunos das escolas públicas foi de 9,43 valores (numa escala de zero a 20), de acordo com uma análise feita pela agência Lusa aos resultados das provas realizadas pelos estudantes do 12.º ano.

Já a média das notas nos estabelecimentos particulares e cooperativos foi de 10,71 valores.

Também as notas atribuídas aos seus alunos pelo trabalho realizado ao longo do ano (a nota interna) são superiores no ensino privado: a média nacional nas escolas particulares é de 14,61 valores, enquanto no ensino público a média desce para 13,38 valores.

No total, a Lusa contabilizou os exames realizados por alunos do 12.º ano de 494 escolas públicas e 126 privadas.


4.º ano: Apenas 27% das escolas com média positiva nas provas

Num universo de mais de 4.600 escolas, apenas 1.253 tiveram média positiva nas provas nacionais do 4.º ano, com destaque para o Colégio Paula Frassinetti, em Lisboa, que obteve a melhor média nacional.

Pela primeira vez no passado ano letivo, mais de cem mil alunos do 1.º ciclo realizaram provas nacionais a Português e Matemática. Os exames contaram 25% para a nota final dos alunos e os resultados médios foram bastante fracos.

Os alunos de 4.623 escolas com 1.º ciclo fizeram as provas, mas em apenas 1.253 estabelecimentos a média das notas foi positiva, segundo uma análise realizada pela agência Lusa com base nos dados disponibilizados pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC).


6.º Ano: Apenas 245 escolas com média positivas nas provas finais

Apenas 245 escolas (21 por cento) obtiveram média positiva nas provas finais do 6.º ano, em 2012/13, que contaram 30 por cento para a nota final do aluno, de acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Educação.

Num total de 1.147 escolas, 902 registaram média inferior a três (negativa), numa escala de um a cinco.

O ano letivo transato, a que se reporta este resultado, foi o primeiro em que a nota da prova final do 2.º Ciclo contou 30 por cento para a classificação final do aluno, à semelhança do que acontece com os exames do 9.º ano e do Ensino Secundário.
6.º ano: Apenas um quinto das escolas com média positiva a Português

Pouco mais de um quinto das escolas (245) conseguiu atingir média positiva nas provas finais de Português no 2.º Ciclo (6.º ano), de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Educação relativos a 2012/13.

Em 1.147 escolas, só 21 por cento alcançou média igual ou superior a três (positiva), numa escala de um a cinco, nas provas que no ano transato contaram já 30 por cento para a nota final do aluno, à semelhança dos exames do 3.º Ciclo (9.º ano) e do Ensino Secundário.

Considerando todos os estabelecimentos de ensino, o Colégio Euro-Atlântico, situado em Matosinhos, distrito do Porto, ocupa o primeiro lugar na tabela de resultados elaborada a partir de dados fornecidos pelo ministério, com média de 4,12 em 16 exames realizados.
6.º Ano: Menos de um quarto das escolas com média positiva a Matemática

Menos de um quarto das escolas (23,2 por cento) apresenta média positiva nas provas finais de Matemática do 6.º ano (2.º Ciclo), de acordo com os dados do ano letivo passado revelados pelo Ministério da Educação.

Num total de 1.147 escolas onde se realizaram provas, só 267 obtiveram média positiva (igual ou superior a três), numa escala de um a cinco, tendo 880 apresentado resultado negativo, contra 761 no ano anterior.

Numa lista que integra todos os estabelecimentos de ensino, independentemente do número de exames realizados, surge em primeiro lugar o Colégio Euro-Atlântico, de Matosinhos, distrito do Porto, com uma média de 4,56 em 16 provas concretizadas.

 

6.º Ano: Todos os distritos com média negativa nas provas finais

Todos os distritos do país tiveram média negativa nas provas finais do 2.º Ciclo (6.ºano), o mesmo se passando nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, de acordo com os dados do Ministério da Educação.

Numa análise regional, mantém-se o distrito de Coimbra como aquele em que os resultados foram menos negativos, com uma média de 2,88 em 7.635 exames relativos ao ano letivo 2012/13.

No ano anterior, Coimbra liderou a lista dos distritos com melhores resultados nas provas finais de Português e Matemática que os alunos realizam no 6.º ano de escolaridade, quando concluem o 2.º Ciclo e que têm um peso de 30 por cento na nota final.
Secundário: Duas em cada três escolas com negativa a Matemática

Duas em cada três escolas tiveram média negativa no exame de Matemática do 12º ano, sendo que oito das dez escolas mais bem classificadas são privadas, com destaque para o Colégio Nossa Senhora do Rosário.

O Colégio Nossa Senhora do Rosário volta a surgir este ano em primeiro lugar na lista das escolas com melhor média na prova nacional de Matemática do 12.º ano, realizada pela agência Lusa com base nos dados disponibilizados pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC).

Naquele colégio portuense foram realizados, no final do passado ano letivo, 97 provas e a média dos alunos foi de 16,27 valores (numa escala de zero a 20).
Secundário: Apenas 10% das escolas “passam” a Física e Química

Mais de 90% das 607 escolas que realizaram exame nacional de Física e Química tiveram média negativa no exame, sendo que as quinze melhores classificadas são privadas, numa lista liderada pelo Colégio da Rainha Santa Isabel, em Coimbra.

Um total de 61 escolas registaram uma média positiva igual ou superior a 10 valores e 546 estabelecimentos não atingiram a positiva.

Cinco valores acima da média nacional (8,11 valores), o Colégio da Rainha Santa Isabel, em Coimbra, ficou em primeiro lugar da tabela com uma média de 13,56 valores em 61 exames realizados.

 

Secundário: Piores médias desde 2011 chumbam todos os distritos

Todos os distritos tiveram uma média negativa nos exames do 12º ano, devido ao agravamento das notas que, no ano anterior, tinham permitido a metade das regiões chegar à média positiva.

Ao contrário da média interna dos alunos, que em todos os distritos ronda os 13 valores, a nota média dos exames foi sempre negativa. Apenas os distritos de Lisboa e Coimbra ficaram a menos de uma décima da positiva.

Segundo uma análise feita pela agência Lusa aos dados disponibilizados pelo Ministério da Educação e Ciência, as médias têm vindo a descer nos últimos anos.

 

Um em cada três alunos das escolas públicas recebe apoio social escolar

Um em cada três alunos foi identificado como tendo carências económicas e por isso recebeu apoio social escolar no ano de 2011/2012, uma ajuda que chegou a menos 60 mil estudantes que no ano letivo anterior.

Num universo de 1.173.923 de alunos, 442.811 foram sinalizados pelos serviços de Acção Social Escolar (ASE) como precisando de ajuda económica, segundo uma análise feita pela agência Lusa aos dados agora disponibilizados pelo Ministério da Educação e Ciência relativos à situação socioeconómica dos alunos que frequentavam as escolas públicas no ano letivo de 2011/2012.

Apesar do agravamento da situação económica da maioria das famílias portuguesas, houve uma redução do número de alunos apoiados.

 

/Lusa

 

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