Meta de 85% da população com o esquema vacinal completo deve acontecer no espaço de duas semanas. Com este cenário, as autoridades de saúde estão já a preparar os meses mais frios, de forma a evitar uma sobrecarga do sistema de saúde.
Portugal atingiu este domingo, segundo dados avançados pela task force responsável pela coordenação do plano de vacinação, 85% da população com uma dose da vacina contra a covid-19.
A expectativa do Governo e dos peritos é que no espaço de duas semanas se alcance o mesmo número no que respeita a indivíduos com o esquema vacinal completo, já que muitos jovens com menos de 18 anos se preparam para tomar as segundas doses nos próximos dias — a tempo do início do ano letivo.
Em entrevista à SIC Notícias, este domingo à noite, Graça Freitas, responsável da Direção-Geral da Saúde, mostrou a sua satisfação pela conquista.
“Hoje é um dia importante para todos nós. 85% da população portuguesa tem uma dose da vacina e esse é um resultado que devemos todos, enquanto povo, estar bastante orgulhosos“, afirmou.
Perante este cenário, as autoridades de saúde já começaram a antecipar os próximos meses, nomeadamente de inverno, que costumam ser de mais pressão sob os serviços de saúde face à circulação de vírus respiratórios.
Segundo Graça Freitas, deve existir “sempre algum cuidado a encarar o outono e o inverno”, apesar de reconhecer que, ao contrário do que aconteceu em 2020, grande parte da população portuguesa vai estar imunizada contra a covid-19.
Sobre o futuro e o que podem esperar os portugueses nas próximas fases da pandemia, a DGS avança com três cenários possíveis, um bom, um intermédio e um mau. No primeiro e “mais plausível”, a autoridade de saúde prevê que a “atual tendência estável e decrescente” da pandemia se mantenha, com a variante delta a ser predominante e a vacina a não perder a sua eficácia.
No intermédio — ou o segundo, como lhe chamou Graça Freitas — “pode acontecer uma subida lenta do número de casos porque a vacina pode ir perdendo o seu efeito ao longo do tempo, mas ainda sem uma nova variante do vírus. Será um cenário de mais casos, provavelmente, mais ligeiros do que graves”, explicou.
O pior cenário, que não está completamente fora de questão, inclui o surgimento de uma nova variante que escape à proteção das vacinas, o que obrigaria à adoção de medidas para “aguentar, novamente, uma grande pressão sob o Serviço Nacional de Saúde e sob o sistema de saúde”.
Questionada se essa variante pode ser, por exemplo, a recém detetada variante Mu, a responsável afirmou que “pode ser uma qualquer“. “Pode acontecer uma variante que tenha capacidade de se transmitir ainda mais que a Delta”.
Caso este último cenário se confirme, com um “aumento considerável” de novos casos, a principal medida necessária, segundo Graça Freitas, seria “aguentar a grande pressão sobre o sistema de saúde” e “voltar a investir muito na capacidade de resposta aos casos mais graves”, especialmente nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
“Este último cenário prevê realocação de recursos, mas vamos esperar para que isso não aconteça”, disse.
Novas diretrizes para vacinados
As próximas semanas deverão trazer novas diretrizes relacionadas com os procedimentos a seguir pelos indivíduos vacinados que contactaram com casos positivos. Sobre esta questão, Graça Freitas admitiu que “não há consenso” nem entre países, nem entre os cientistas nacionais.
Ainda assim, a responsável afirmou que caso nada se altere — “se tudo correr bem” —, no que respeita ao ritmo de vacinação, às variantes e à efetividade das vacinas, fará sentido “haver distinção da medida entre vacinados e não vacinados”.
Mesmo assim, haverá sempre “exceções” que deverão ser analisas pelas autoridades de saúde “caso a caso”, de forma a distinguir situações de “exposição intensa” — como acontece com indivíduos que coabitem — e situações de contacto mais distanciado. O assunto será discutido pelos peritos esta segunda-feira e uma decisão deverá ser apresentada ao Ministério da Saúde até ao final da semana.
Na mesma linha, outro assunto que deverá ser alvo de análise nas próximas semanas é o fim da obrigatoriedade do uso de máscara na via pública quando não é possível manter o distanciamento social.
A regra será alvo de discussão na Assembleia da República na próxima semana — a atual norma caduca dia 12 — , mas Graça Freitas está confiante que os deputados vão basear a sua posição nos conselhos dos especialistas.
Ainda assim, a responsável é da opinião que este equipamento individual de proteção deverá permanecer. “Ainda durante este inverno e durante mais uns tempos é de muito bom tom andar sempre com uma máscara“, afirmou.
Também a possibilidade de se administrar uma terceira dose da vacina aos grupos da população mais fragilizados que não os imunossuprimídos — a quem a terceira dose já foi aconselhada pela Direção-Geral de Saúde — foi admitida por Graça Freitas, que revelou que a hipótese de se avançar com este cenário nos idosos “está a ser estudado”.
Sobre o pedido que a Pfizer enviou à Agência Europeia do Medicamento para aprovação de uma terceira dose da vacina contra a covid-19, Graça Freitas disse que o mais correto será “esperar que o regulador diga sim ou não“. “Estamos a trabalhar na frente científica e na frente logística, ou seja, continuamos a adquirir vacinas para o cenário de ser necessário esse reforço.”
Pessoalmente só vejo um cenário possível. No final de setembro apanho uma cabra de 7 dias. E espero que esteja tudo aberto nessa altura.
Vejam o que se passa em Israel, Inglaterra, Islândia e Malta.
Terceira dose?. Preparem-se para levar 3 ou quatro por ano.
O melhor era administrar vacinas todas as semanas, para continuar a encher os Bolsos a essa gente toda que Vive á
sombra do covid … alguns até fazem fortuna á custa da Histeria do Medo do “Cornodovirus “
Esta senhora não tem credibilidade nenhuma.
1.º – Em Dezembro dizia que o vírus não chegaria cá.
2.º – Depois que não era necessário usar máscara
3.º – Depois já era
4.º – Não sabe o que diz… Ou não diz o que sabe.
Mais um “cientista das certezas” – exactamente o oposto da ciência!…
Verdades absolutas, só nas religiões – e com os resultados que se conhecem!
Esta senhora tem bastante credibilidade e sabe bem o que diz; tem é alguma dificuldade em falar para leigos (e lerdos)…
Fez afirmações que se provaram erradas (mais uma vez, através da ciência) com base nos dados/informação conhecidos na altura – porque ela não “trabalha” com bolas de cristal, búzios, baralhos de cartas, etc….
Esta senhora precipitou-se muito ao longo de todo este processo. Disse categoricamente numa primeira fase que as máscaras não seriam necessárias. O povo, aparentemente mais sapiente, já as usava. E só não usava mais porque não havia nessa altura à venda em lado nenhum. O problema desta senhora é que é muito precipitada e pouco comedida nas comunicações que faz.
Em todo este processo o povo esteve sempre um passo à frente dos governantes e decisores. Essa é que é a realidade. O povo confinou primeiro do que o governo o decretou. Logo a 13 de março o país barricou-se em casa. Somente passado quase duas semanas é que o governo tomou essa decisão.
O mesmo é válido agora para esta última fase (acreditando que não há variantes e que o vírus entretanto fica endémico). Também agora o povo sente que a máscara já não é necessária e está a deixar de a usar antes do governo o decretar. O governo tem ido sempre a reboque das práticas do povo.
Claro que se precipitou… depois do fim do jogo eu também acerto no resultado…
Eheheee… o “povo” agora é cientista…
O melhor é acabar com os cientistas e com os centros de investigação porque o “povo” vai ao Facebook (ou à tasca) e fica a saber tudo sobre tudo…
As autoridades europeias de saúde também vão deixar de consultar os cientistas e vão começar a ouvir a “sabedoria” do “povo” quando houver outra pandemia…
A Maya e o Bruxo de Fafe vão ser os consultores dos “cientistas da tasca”…