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Mais de 80 mil crianças já se registaram para ser vacinadas

Rungroj Yongrit / EPA

A task force responsável pelo processo de vacinação contra a covid-19 registou já mais de 80 mil pedidos de auto agendamento de vacinas para jovens entre os 12 e os 15 anos, disse à Lusa fonte da entidade.

Até às 17h40 de hoje foram recebidos mais de 80 mil pedidos de auto agendamento para vacinação de utentes entre os 12 e os 15 anos, para os dois fins de semana previstos, disse a fonte.

Hoje, numa entrevista à SIC o vice-Almirante Gouveia e Melo, responsável pela task force, reafirmou a importância da vacinação dos mais jovens, explicando que com a nova variante da covid-19 (Delta) a imunidade de grupo poderá ser atingida não com 70% da população vacinada mas com 85%.

O responsável tem defendido a vacinação dos mais novos, tendo nomeadamente em conta o início em breve do ano letivo, mas disse na entrevista que não pressionou nesse sentido a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, que considerou não ser sequer uma pessoa que se deixe pressionar.

Gouveia e Melo lembrou que as crianças não se podem vacinar fora da sua área de residência (a propósito de este ser um período de férias em que muitas famílias estão fora dos seus locais habituais de residência) e que devem sempre ser acompanhadas por um responsável (os pais ou representante legal) quando se dirigirem a um centro de vacinação.

Na entrevista disse ainda que a task force reportou todos os processos de vacinação indevida e que acredita que todos eles “terão consequências”.

Gouveia e Melo reafirmou a sua convicção de todos se vacinarem, lembrando a grande diferença do número de mortes por covid-19 em dezembro e janeiro passados e agora, que se deve ao processo de vacinação. A toma de uma segunda dose da vacina reduz em 11 vezes a probabilidade de óbito por covid-19, disse.

Quanto a uma terceira dose de vacina afirmou que Portugal terá as vacinas suficientes para isso, ainda que a task force não esteja neste momento preparada para tal, mas acrescentou que uma terceira dose não lhe parece inevitável, até porque “não há estudos científicos que provem essa necessidade”.

// Lusa

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