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5G estará disponível comercialmente a partir de 2020

samsungtomorrow / Flickr

A Internet das Coisas

A Internet das Coisas

A Consumer Electronics Show (CES) 2016 foi palco de um painel sobre o 5G e o prazo que a indústria levaria para implementar a tecnologia e disponibilizá-la aos consumidores. Franklin Flint, CTO da Telecommunications Industry Association, conduziu a discussão e questionou alguns representantes do setor das telecomunicações sobre o caso.

“Passamos por indefinições semelhantes nas fases iniciais do 3G e do 4G”, recordou Fran O’Brien, CTO da equipa de mobilidade da Cisco. “Por enquanto, o 5G é apenas marketing”, acrescentou. O executivo da Cisco também ressaltou que o padrão 5G não estará concluído até 2020.

Já o vice-presidente sénior de engenharia da Qualcomm, Ed Tiedemann, espera ver um “trabalho sério de tecnologia” para definir o padrão, a começar em março deste ano. A partir de então, o padrão 5G seguirá um cronograma que prevê a sua primeira fase de abertura “lá pela segunda metade ou talvez terceiro trimestre de 2017”, e a segunda fase antes do final de 2019.

Segundo Tiedemann, as empresas que prometerem uma implantação da tecnologia móvel antes de 2020 certamente não estarão alinhadas com o processo de normatização do 5G. Para O’Brien, a velocidade de 20 Gbps por utilizador pode não chegar a concretizar-se devido às limitações dos dispositivos móveis atuais. Realisticamente, a tecnologia 5G deveria concentrar-se em oferecer ligações de 100 Mbps por utilizador.

Outro fator que deverá complicar a implementação do 5G é a evolução para acomodar uma vasta gama de dispositivos. Diferente do 4G, o 5G deverá ir além de telemóveis e tablets, atuando também em diversas frentes, cada uma com necessidades distintas.

O CTO e diretor de estratégia da Ericsson América do Norte, Glenn Laxdal, acredita que a Internet das Coisas, que requer dispositivos de baixa potência e de longo alcance, será um caso de uso importantíssimo para o 5G. A nova tecnologia móvel também terá que lidar com a alta definição de vídeos por streamming simultâneos para milhões de utilizadores.

As organizações industriais “só começarão a mover cargas de trabalho de massa crítica para plataformas móveis 5G quando estas forem altamente confiáveis e seguras”, acredita Laxdal.

Canal Tech

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