O número de vítimas mortais do terramoto seguido de um tsunami nas Celebes, Indonésia, aumentou para 1.763, anunciou este domingo a Agência Nacional de Gestão de Desastres indonésio.
De acordo com o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, mais de cinco mil pessoas estão desaparecidas.
As equipas de resgate indonésias começaram a chegar, este sábado, às zonas mais remotas da ilha de Celebes, às cidades de Donggala e outras áreas de difícil acesso, como o município de Sigi, são alguns dos pontos em que a assistência prestada pelas autoridades e ONG locais começou a chegar, disse a porta-voz da Cruz Vermelha, Iris Van Deinse.
O terramoto de magnitude 7.5 e o tsunami que se registou posteriormente atingiram a costa da ilha Celebes, no norte do arquipélago indonésio, há nove dias. De acordo com o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), o terramoto foi mais forte que a série de tremores que provocaram mais de 500 mortos e 1.500 feridos em agosto na ilha indonésia de Lombok, perto de Bali.
Segundo o Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas, mais de 200 mil pessoas, entre as quais milhares de crianças, necessitam de ajuda urgente. As estimativas oficiais indicam também que 66 mil residências e edifícios foram destruídos.
Se quiser ajudar estas pessoas, pode fazê-lo através da UNICEF Portugal e da IFRC (Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho).
A Indonésia, arquipélago de 17 mil ilhas, fica no Anel de Fogo do Pacífico e é um dos países mais propensos a sofrer desastres naturais, onde, em cada ano, se registam cerca de sete mil terramotos, a maioria moderados.
Em 26 de dezembro de 2004, o país sofreu uma série de terremotos devastadores, um dos quais de magnitude 9,1 na ilha de Sumatra. Este devastador terramoto provocou um tsunami de grandes dimensões que provocou 220 mil mortos na região do Sudeste Asiático. Foi o terceiro maior terremoto no mundo desde 1900.
ZAP // Lusa