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5 mil portugueses metem baixa por dia

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O número de portugueses a pedir baixa médica é hoje o mais elevado dos últimos 20 anos. No primeiro trimestre do ano, a Segurança Social registou um número recorde.

Apesar do aumento da fiscalização, a Segurança Social registou no arranque do ano um número recorde de trabalhadores em casa por doença. No primeiro semestre, foram pedidas cinco mil baixas médicas por dia, mais 800 em comparação com o período homólogo.

Este é o número mais elevado dos últimos 20 anos. Segundo a TSF, foram pedidos 450 mil subsídios de doença, mais 70 mil que no período homólogo de 2017, o que representa um aumento de 18%.

Segundo a mesma rádio, a última vez que se registaram números parecidos na série de quase 20 anos disponível no site da Segurança Social foi em 2001 (435 mil), quando a população portuguesa a trabalhar era superior à de hoje.

Fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social confirmou que este crescimento já foi detetado, nomeadamente pelo aumento da despesa. No entanto, o Governo refere que, em comparação com os dois anos anteriores, a relação entre a despesa e a receita das contribuições para a Segurança Social “se mantém estável”.

Isto significa que “usando o indicador da despesa (mais fiável do que o número de baixas) podemos concluir que a tendência observada acompanha o crescimento do emprego“, defende o Ministério, citado pela TSF.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Família o argumento de que o aumento da população ativa faz aumentar as baixa tem lógica, mas não explica tudo. Rui Nogueira admite que há várias razões que justificam este aumento, nomeadamente o surto de bronquite e o aumento da população ativa com mais de 50 ou 60 anos.

Já António Saraiva, presidente da CIP, alerta para os motivos subjacentes a esse aumento, incluindo o facto de muitas dessas baixas serem consideradas fraudulentas. Segundo o presidente, há trabalhadores de baixa nas suas empresas de origem para poderem fazer outro tipo de trabalhos paralelos noutras empresas.

Por sua vez, os sindicatos defendem que o aumento da idade da reforma leva cada vez mais trabalhadores a ficarem doentes.

ZAP //

4 Comments

    • Verdade! Um país de trabalhadores doentes…viciados a vadiagem…por isso faseam doenças. Mas, o que mais me indigna é que vão ao médico, a dizer que tem uma dor na cabeça e, o médico de imediato, sem pedir para que se faça um exame, logo dá 11 dias de baixa. Alguns médicos tem culpa das tantas baixas. Alguém tem que votar, urgente, uma Lei a travar esta atitude dos médicos. Eles, devem ter a capacidade psicológica de ver quando alguém estar realmente doente ao ponto de merecer baixa. Do contrário, devem encaminhar os queixosos a fazer um exame, antes de dá uma baixa tão prolongada para alguém que sente apenas uma dor de cabeça, que passa em apenas alguns minutos.
      Os médicos ao darem baixa prolongada para quem falseia doenças, estão a contribuir para o fechamento de empresas. Pois, as empresas que são vítimas desta sabotagem doentia, têm, muitas das vezes, que trazer para trabalhar, alguém que não tem prática para o seu determinado ofício diário.
      No meu conselho, os comerciantes queixam-se que, por vezes, sentem a necessidade de fechar as portas porque não tem ninguém para trabalhar na alta temporada. Ou seja, os poucos empregados que têm resolvem ficar de alta. Pois, isso se tornou um círculo vicioso no País.
      Ademais, a Segurança Social das Vilas e Cidades de Portugal têm que serem mais vigilantes e responsáveis na fiscalização. Pois, estes doentes, ao invés de ficarem na cama, vão para os bailes regionais e até viagem.
      Lamentamos muito isso acontecer num país que tudo tem para crescer… se não fosse a irresponsabilidade de uns a contribuir com este círculo vicioso de muitos doentes viciados em vadiagem. Assim não dá! Não dá para fazer crescer Portugal!

      • E será bom às empresas ter pessoas que estão a sempre pensar que é melhor estar de baixa…
        Serão estas pessoas produtivas?

      • Penso que o seu exemplo da dor de cabeça seja exagerado, não acha Sergio? No entanto, não podemos esquecer que os Médicos de família são pessoas que nos conhecem há vários anos e que podem, num momento pior da nossa vida, facilitar ou sugerir o acesso à baixa, sem que por isso seja fraudulenta. Eu própria, já passei por isso, a baixa foi-me sugerida e eu recusei, pedindo auxilio e compreensão à minha chefia para ultrapassar os dias piores e a baixa na minha produtividade. O meu horário de trabalho foi adaptado assim como a autorização da trabalho remoto durante algumas semanas. è claro que tiveram em conta os meus 20 exemplares anos de casa.

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