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Os 40 cêntimos da discórdia que separam PS e PSD no IRS

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José Sena Goulão / Lusa

Líder do PS, Pedro Nuno Santos e líder do PSD, Luis Montenegro momentos antes do arranque do debate

A diferença entre as duas propostas traduz-se na prática em apenas alguns cêntimos por mês.

A comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP) decidirá esta quarta-feira se aprova ou não um texto de substituição à proposta inicial do Governo para a descida do IRS. Caso aprovado, o texto final será votado na sexta-feira. Se rejeitado, a descida do IRS seguirá as regras propostas pelo Partido Socialista (PS).

Até o final da terça-feira, os dois maiores partidos não mostravam disposição para ceder na disputa política que se intensificou com a proximidade da campanha eleitoral para as europeias de 9 de junho. O ponto de rutura está no segundo escalão do IRS, onde a diferença entre as propostas do PS e do PSD/CDS-PP é de um ponto percentual. Nos 7.º e 8.º escalões, o PSD também propõe reduções, algo que o PS considera fiscalmente injusto.

O PSD e o CDS-PP defendem uma redução maior nos escalões mais altos, argumentando que esses rendimentos não foram aliviados no Orçamento do Estado (OE) para 2024. O PS cedeu no 6.º escalão, propondo uma redução de 1,5 p.p., enquanto o PSD/CDS-PP sugerem 2 p.p. Para os 7.º e 8.º escalões, o PS mantém as taxas nominais de 43,5% e 45%, respetivamente, enquanto o PSD propõe 43% e 44,75%, explica o Jornal de Negócios.

Segundo Luís Nascimento, sócio da consultora ILYA, as diferenças entre as propostas do PS e do PSD em termos monetários são mínimas, resultando em reduções insignificantes de “alguns cêntimos” por mês.  “Nos escalões mais baixos a diferença entre as duas propostas anda na casa dos 40 cêntimos por mês. Isto dá uma ideia sobre o que estamos a discutir”, defende.

O Chega tem a sua própria proposta e defende uma aproximação nos 3.º e 4.º escalões. Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, desafiou o Chega a posicionar-se, enquanto Ventura aconselhou a evitar precipitações na votação do IRS, defendendo que ainda não há condições políticas para encerrar o processo de alívio fiscal.

A votação de sexta-feira será crucial para determinar o rumo final da política fiscal proposta pelo Governo.

ZAP //

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4 Comments

  1. Andam a discutir migalhas, como se não tivessem mais nada de importante com que se preocuparem. Porra, façam umas trocas, isto por aquilo e sigam em frente.

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  2. Enquanro o PS tiver à frente do partido um radical de esquerda, o partido irá passar um tempo de estagnação. É pena que tenhamos chegado a esta situação. infeliz.

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  3. Para 15 Mil Milhoes do Aeroporto, mais 6,5 Mil do TGV HÀ DINHEIRO, para o Ze Escravo, por uma migalhas eles arrancam os cabelos.
    Isto de gente Crescida? Ou Adolescente ?

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