Do lítio ao volfrâmio, passando pelo cobre e zinco. Governo assina 14 contratos de exploração mineira num único dia

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jafurtado / Flickr

Ruínas das Minas da Borralha, em Montalegre, Vila Real

Ruínas das Minas da Borralha, em Montalegre, Vila Real

Na passada quinta-feira, o Governo assinou 14 contratos de exploração mineira com várias empresas. E nem o cenário de crise política o impediu.

A notícia é avançada pelo jornal Público, que escreve que, na passada quinta-feira, e depois de a equipa governativa que tutela a pasta da Energia ter aprovado as respetivas minutas para os contratos de concessão, foram assinados 14 compromissos entre o Estado e empresas privadas para o desenvolvimento de projetos mineiros.

O contrato de concessão para a exploração de lítio na Argemela, na Covilhã, assinado com a Pannn, e o contrato para a concessão de volfrâmio, na Borralha, em Montalegre, assinado com a Mineralia, são dois deles.

O projeto para a exploração de cobre, chumbo e zinco na Lagoa Salgada, em Grândola, com a Redcorp, e o projeto para a exploração de tungsténio e estanho em Vila Seca-Santo Adrião, Armamar, com a Iberian Resources Portugal, também já têm os contratos de concessão de exploração assinados.

Os outros contratos assinados entre a Direção-geral de Energia e Geologia (DGEG) e as empresas concessionárias viabilizam a exploração de caulinos na Serra do Branco e em Monte Redondo, ambas em Leiria, em Castelo Ventoso (Alcácer do Sal), em Via-Vai (Rio Maior), e a prospeção e pesquisa em Barrocos (Cantanhede).

Há também contratos assinados na área do quartzo e do feldspato, na Bajoca, em Vila Nova de Foz Côa, e a área de Alagoas, em Almeida, com ambos os contratos entregues à Felmica.

Por fim, enumera o diário, foram assinados dois contratos de prospeção e pesquisa de ouro, prata, chumbo e zinco, entre outros minerais, na área de Assumar (Portalegre), concessionado à Iberian Resources Portugal, e em Borba, concessionado à empresa EVX.

O avanço das explorações está dependente dos respetivos Estudos de Impacte Ambiental, as necessárias Declarações de Impacte Ambiental favoráveis ou favoráveis condicionadas, e os respetivos planos de lavra aprovados.O Público nota que ainda nenhuma destas concessões está nessas condições.

As empresas têm dois anos para obter as autorizações.

ZAP //

10 Comments

      • Num país onde impera as burocracia, onde para se fazer qualquer coisa, tudo demora anos, é muito estranho que de repente se assinem tantos contratos, houvesse alguem capaz de investigar algumas contas bancarias e muita coisa começaria a fazer sentido…

      • quem não tem vergonha é quem vota PS dois foram esses que destruíram o Pais com ajuda do PSD , tudo o que estamos a Pagar se deve a esses 2 mas Mais ao PS pelo descaramento que têm ou nem Têm de Desviar Dinheiro dos Portugueses e deixarem fugir Milionários, se o Sr. Não se envergonha então das três uma ou está a comer do saco deles ou vive á conta do Estado, ou então não se importa de pagar toda uma vida por dinheiro que nunca teve

  1. O que significa Interesse Nacional? O que é o interesse económico geral? O que é o “Bem Comum”? O que é o “ interesse público”? O que é s “Res Pública” “ Coisa Publica”? Em Portugal a Política é irracional porque cada um “ puxa a brasa à sua sardinha”. Então, os países mais ricos usam a Energia Nuclear para carregar a rede elétrica mais barata. Então, será que a DGEG e o Agência do Ambiente não sabem fazer uma Avaliação de Impacte Ambiental de Minas de Lítio e Volfrâmio que são as matérias primas das Energias Ditas de Limpas!! O problema está na Fiscalização e na Inspeção das empresas exploradoras!

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