15 mortos em “carnificina” durante celebrações do Ano Novo nos EUA

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Pick-up que atacou multidão em Nova Orleães

Camião atropelou multidão. Condutor saiu do veículo e ainda começou a disparar. Tinha bandeira do Estado Islâmico mas era dos EUA.

Pelo menos 15 pessoas morreram e 35 ficaram feridas nesta quarta-feira, depois de uma pick-up se ter dirigido contra uma multidão na Bourbon Street, em Nova Orleães, de acordo com a agência de emergências da cidade norte-americana.

O ataque decorreu no movimentado Bairro Francês, durante a madrugada, em plenas celebrações do Ano Novo.

Os meios de comunicação social norte-americanos citaram várias testemunhas que afirmaram que a pick-up se dirigiu a alta velocidade contra a multidão; depois o condutor saiu do veículo, começou a disparar uma arma e a polícia respondeu também com tiros.

Informações citadas pelas agências de notícias dão conta de que dois polícias foram baleados e ficaram feridos.

O suspeito do ataque morreu após um tiroteio com a polícia, segundo a informação de autoridades policiais à Associated Press.

Segundo a FOX News, a pick-up usada no ataque – com matrícula do Texas – atravessou a fronteira com o México há dois dias. Mas não se sabe se quem estava a conduzir no ataque também era a pessoa que estava a conduzir o veículo quando atravessou a fronteira. A polícia também não confirmou o estatuto de imigração do agressor.

Mais tarde, a CNN informou que o veículo (uma pick-up elécrica) estava disponível na Turo, plataforma de aluguer de veículos, que permite que donos aluguem os seus carros. A pick-up não pertencia ao agressor, acrescentou a polícia.

O agressor

Também segundo a CNN, o agressor tinha uma bandeira do Estado Islâmico no momento do ataque. No entanto, era cidadão dos EUA, asseguram fontes próximas da investigação.

Mais tarde, o jornal local The Times Picayune avançou o nome do agressor: Shamsud Din Jabbar.

O FBI identificou depois o agressor: confirmou o nome Shamsud Din Jabbar, tem 42 anos, era um veterano do exército dos EUA e cidadão norte-americano do Texas.

Jabbar ocupou vários cargos no exército dos EUA ao longo de 8 anos, até ser dispensado. Esteve destacado no Afeganistão há 15 anos.

Licenciou-se depois em sistemas de informação informática e trabalhou no sector imobiliário.

Tinha antecedentes criminais, relacionados com infrações de trânsito e roubo.

Era um “tipo amoroso, um bom homem, amigo, muito inteligente e cuidador”, segundo o seu irmão Abdur Jabbar, 24. No The New York Times, contou que Shamsud Din Jabbar se converteu ao Islão quando ainda era jovem. “Mas o que ele fez não representa o Islão. Isto é mais uma forma de radicalismo, não religião”.

Já um amigo de infância revelou que o suspeito se tinha tornado “muito intenso” em relação à sua fé.

Terrorismo

Numa breve conferência de imprensa, a presidente de Câmara de Nova Orleães, LaToya Cantrell, considerou este um “ataque terrorista” enquanto as autoridades ainda investigam o que se passou.

A comissária da polícia Anne Kirkpatrick disse à imprensa que o ataque foi intencional e que o motorista estava “fortemente determinado a causar uma carnificina”. Afirmou ainda que as autoridades estão a trabalhar para garantir a segurança do Sugar Bowl.

O FBI também está a investigar o que aconteceu como um ato de terrorismo. A responsável pelo departamento do FBI na cidade, Alethea Duncan, afirmou que as autoridades estão também a analisar a descoberta de pelo menos um suposto dispositivo explosivo no local.

Donald Trump aproveitou este momento de “pura maldade” para repetir que “os criminosos que estão entrar nos EUA são muito piores” do que os criminosos que já vivem nos EUA.

Neste dia 1 de janeiro, Nova Orleães também se enche de gente para o Sugar Bowl, um jogo de futebol americano universitário que se realiza hoje com a presença de milhares de pessoas – que se vai realizar na mesma, mas com medidas de segurança mais apertadas.

(artigo atualizado)

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. O condutor em questão era Shamsud Din Jabbar 42 anos e surpresa é muçulmano com ligações com Estado islâmico. Ainda bem que o FBI disse logo que por nada o caso tinha a ver com terrorismo.

  2. Foi descoberto que três homens e uma mulher estavam na zona a espalhar os explosivos. Logo este atendado terrorista não foi um caso de doença mental como anda a anos a ser catalogados os muculmanos que fazem atentados na Europa.

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