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Vice de Pinto da Costa arguido em caso de segurança ilegal e crimes na noite

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Estela Silva / Lusa

Antero Henrique (esq), vice-presidente do FC Porto, com Fernando Gomes, administrador da SAD portista.

O director-geral do FC Porto, Antero Henrique, foi constituído arguido no âmbito da investigação em torno de empresas de segurança e crimes de violência na noite do Porto. O número 2 de Pinto da Costa será suspeito de requisitar serviços de segurança ilegal, nomeadamente a jogadores portistas, com o objectivo de intimidação.

O processo que decorre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) motivou a realização de 50 buscas, durante esta quinta-feira, em Lisboa, Porto, Amarante, Lamego, Braga, Vila Real e Lousada, que motivaram a detenção de 15 pessoas e a apreensão de “121 mil euros, 40 armas, 10 automóveis e munições de diversos calibres“, conforme adianta o Diário de Notícias.

No âmbito desta designada “Operação Fénix”, a casa de Antero Henrique foi também alvo de buscas, onde lhe foram apreendidos 70 mil euros em dinheiro, segundo noticia o Correio da Manhã.

A SAD portista também recebeu a visita das autoridades, conforme confirmou o próprio FC Porto em comunicado.

Antero Henrique será suspeito de “vigilância a craques do FC Porto“, segundo aponta o Correio da Manhã. O Record acrescenta que o “vice” portista é arguido por “suspeitas de ter requisitado serviços de segurança à SPDE, com o objectivo de intimidar outras pessoas”.

A SPDE é uma empresa de segurança “suspeita de dominar o mundo da noite no Porto“, de acordo com o Diário de Notícias, e que faz também a segurança nos jogos de futebol do FC Porto.

fcporto.pt

Antero Henrique, vice-presidente do FC Porto, com o treinador portista, Julen Lopetegui

Antero Henrique, vice-presidente do FC Porto, com o treinador portista, Julen Lopetegui

O “rei” da noite no Porto

Um dos 15 detidos no âmbito da investigação é o director e dono da SPDE, Eduardo Silva, elemento que já esteve envolvido em outros processos e que, conforme nota o Correio da Manhã, foi “baleado na cabeça na altura em que foi investigada a ‘Noite Branca‘”. Ele é “uma espécie de “rei” da noite do Porto no ramo da segurança privada“, aponta o Diário de Notícias.

Eduardo Silva foi visto, por diversas vezes, a supervisionar pessoalmente a segurança de Pinto da Costa e chegou a estar envolvido num incidente com um comissário da PSP no Estádio do Dragão.

Detido foi também o ex-agente da PSP Jorge Couto, que foi expulso daquela força da autoridade e que é primo de Bruno Pidá, o líder do Gangue da Ribeira do Porto.

A Procuradoria-Geral da República anunciou entretanto que a investigação se centra em torno de “actividades ilícitas no âmbito de empresa de segurança privada em estabelecimentos de diversão nocturna, susceptíveis de integrar a prática de crimes de associação criminosa, de exercício ilícito da actividade de segurança privada, de detenção de arma proibida, de extorsão agravada, de coacção, de ofensas à integridade física qualificada e de favorecimento pessoal”.

A PSP, por seu lado, nota que o caso se centra num “grupo violento que operava numa considerável faixa do território nacional“, conforme cita o Diário de Notícias.

Os 15 detidos vão ser ouvidos nesta sexta-feira pelo juiz Carlos Alexandre no Tribunal Central de Instrução Criminal.

SV, ZAP

4 Comments

      • Um talhante desobrigado e que desmembre uma manada em menos de 12 meses, isso será ter uma grande “pedalada”.

        Um “pensante” obrigado e vergado ao peso da caixa dos pirolitos isso sim requer “uma” de 2 pedaleiras para mãos e pés e quando fora delas nem descolam do solo que pisam tal o peso que lhes cai nos ombros. Outro sim, é uma cabeçorra, não é é de grande “pedalada” com certeza!

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