/

Arranca “via verde” para imigração. Como funciona (e o que esperar na habitação)?

9

Miguel A. Lopes / LUSA

Protocolo é assinado esta terça feira, mas deixa algumas dúvidas, nomeadamente no que respeita à “pressão habitacional”. Que empresas podem aderir e o que têm de assegurar para o visto em 20 dias para imigrantes?

É o fim da “manifestação de interesse”. 400 mil processos estavam pendentes, e o governo quis acabar com a lei que permitia aos imigrantes que descontavam há 12 meses para a Segurança Social que obtivessem uma autorização de residência.

Para isso, foi criada uma “via verde” para migrantes, a que várias empresas vão poder recorrer. Os protocolo já está a ser assinado esta terça feira. Mas afinal, que medida é esta?

Chama-se “protocolo de cooperação para a migração laboral regulada”, e consiste na prioridade dada nos postos consulares aos indivíduos escolhidos pelas associações patronais ou empresas que adiram a protocolo. O visto deverá ser concedido em 20 dias.

Em troca, a empresa tem de fornecer contratos de trabalho e garantias de habitação aos imigrantes.

Na prática, funciona como um “acelerador de contratações”. O protocolo envolve as confederações empresariais do Turismo, Comércio e Serviços, Indústria, Agricultura e Construção.

Que empresas podem aderir?

As maiores. De acordo com o Jornal de Negócios, estas terão de ter mais de 150 trabalhadores, e um volume de negócios superior a 20 milhões de euros (menos 5 milhões do que fora previamente anunciado). Têm ainda de atestar que não têm dívidas ao Estado e têm de possuir um código de certidão permanente.

No caso das associações empresariais, têm de ter pelo menos 30 associados e um volume de negócio de 200 milhões de euros (também menos 50 milhões do que o previamente anunciado).

Os pedidos  individuais ou grupais podem ser feitos a partir de 15 de abril.

Que tipo de contrato de trabalho é dado?

O contrato dado a imigrante não precisa de ser permanente (na área da Agricultura e Turismo, por exemplo, a sazonalidade é característica muito comum). A contratação pode ser feita, avança o Expresso, por uma das modalidades presentes no Código de Trabalho.

A empresa tem ainda de assegurar formação ao trabalhador contratado esta pode ser dada no país de origem do imigrante ou em Portugal.

O protocolo não estabelece uma tempo mínimo de permanência do trabalhador em Portugal, mas o trabalho remoto não está englobado na medida: a entidade empregadora tem, portanto, de assegurar “habitação condigna” aos empregados (mas essa nomenclatura mudou).

Quem não cumprir com os requisitos, vê o acordo cessado e pode ter de responder for fraude ou ilícito criminoso.

E como é que isto interfere na Habitação?

Esta é uma questão complexa por vários motivos. Em primeiro lugar, nada no protocolo indica o que se entende por “habitação condiga”. O conceito foi alterado numa nova versão do texto para “acesso a alojamento adequado”.

Outro problema que tem surgido é a sobrelotação do parquehabitacional. Será que esta medida vai agravar ainda mais a crise da habitação? O documento depreende que a empresa tem de confirmar “a existência e/ou eventual reforço do alojamento disponível na região em que o trabalho é prestado, de modo que o recrutamento não agrave a pressão habitacional na região“.

A proposta final não define, porém, ao certo o que se entende por pressão habitacional. de acordo com o Negócios, a Construção e a Agricultura mostram-se confiantes na atribuição e alojamento aos trabalhadores, mas o mesmo não pode ser dito no que toca ao Comércio, Indústria ou Turismo, em especial quando se situam nas grandes cidades.

A UGT já se mostrou “preocupada” com a medida, no sentido em que o “parece admitir novos focos de precariedade e exonerar os empregadores portugueses das suas obrigações de formação”.

“É privilegiada uma imigração económica, com contrato, com condições de deslocação, de subsistência, de acesso à habitação porque nós sabemos que o número de imigrantes cresceu muito de forma muito rápida e que colocou pressão sobre o acesso à habitação e aos serviços públicos”, garantira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no mês passado.

Carolina Bastos Pereira, ZAP //

9 Comments

  1. Isto é crime/ilegal, é xenofobia e racismo contra os Portugueses por parte do regime, é substituição populacional e usurpação dos postos de trabalho, tendo em conta que não há turismo (o que existe é um esquema criminoso/ilegal subsidiado pelo Portugueses que consiste em angariar parolos e estrangeiros), o comércio é praticamente inexistente, a agro-pecuária, industria, e pescas, foram destruídas pelos Governos do dr. Aníbal Silva, e para os serviços e construção temos Portugueses suficientes que querem trabalhar nesses dois sectores (mas não os deixam ou são explorados), qual é então o motivo desta medida? A Presidência, o Governo, e os partidos que se encontram na Assembleia da República, têm de se justificar; para além do claro ódio, racismo, e xenofobia para com os Portugueses, o que vemos aqui é também uma importação de eleitores/votantes para que seja possível cometer fraude nas eleições e substituir os votos em falta da Maioria Silenciosa dos Portugueses representados pela Abstenção.
    «…Pretende-se legalizar mais 600.000 imigrantes até março, quase mais 6% da população portuguesa. Com que critério? Com que objetivo? Com que necessidade?…» – Presidente Rui Rio (https://x.com/RuiRioPT/status/1718707495571538399)

    7
    2
  2. Contrato de trabalho e “casa” é o que já garantem todas estas mercearias e lojas de souvenirs que importam aos milhares de trabalhadores em redes de máfias dos documentos. Vieram fazer uma lei à medida deles? Era preciso perceber quem anda a ser comprado dentro do governo, porque alguém o está a ser de certeza!!

    • Concordo 100%!! Afinal para que servem os milhares de indianos que andam aí sem fazer nada, a receber subsídios ou a conduzir tuk-tuks ou tvde´s. muitas vezes sem carta e sem falarem Português? Rua com essa gente toda!

      • O dr. RuiMata acaba de perder a razão, não se trata da raça A ou da etnia B, trata-se de Estrangeiros independentemente da sua raça, etnia, ou nacionalidade, aos quais tem de ser imediatamente revogada a nacionalidade Portuguesa que lhes foi atribuída desde 2012 até à presente data.
        O dr. RuiMata ao referir-se a uma raça ou etnia em concreto está a mostrar claramente o seu racismo e xenofobia, isso é lamentável e inadmissível, é mentalidade de retornado.

        1
        1
  3. É triste, muito triste chegar a este resultado depois de ver o que está acontecer ao nosso pais. Pela primeira vez VOTO CHEGA. Isto é areia para os olhos dos Portugueses, é mais uma porta aberta ao crime, à ilegalidade e à corrupção. E coitados dos serviços administrativos, das pessoas que lá trabalham levar com estes processos miseráveis. Uma porta aberta à corrupção, ao dinheiro por baixo da mesa. Como é que ainda não perceberam que as lojas de souvenirs são tráfico de pessoas? De mês a mês uma cara nova à frente da mesma loja. Cartas de condução, documentos, trabalho, tudo sem falar Português. Miséria de Politicos e de políticas. Vivem no medo da EU. Mas já alguém se lembrou que daqui a 20 anos quando esta gente for Portuguesa vão atropelar a nossa cultura e vão votar nos deles? Mas será que Portugal não pensa no Futuro das gerações? Só pensa em políticas do presente miseráveis mas que traram consequências imprevisíveis no futuro?

    • Uma parte dos votos do Partido Chega são de Estrangeiros, o Chega foi criado para perseguir, prejudicar, e destituir o Presidente Rui Rio na época em que este foi líder do Partido Social Democrata e da oposição: «André Ventura lança movimento para destituir Rui Rio» (https://www.publico.pt/2018/09/22/politica/noticia/andre-ventura-lanca-movimento-para-destituir-rui-rio-1844970).
      Na altura o auto-denominado «movimento Chega» representava o dr. Pedro Coelho e o seu bando, ou seja a facção liberal/maçónica do PSD que é contra a linha de Francisco Sá Carneiro, a social-democracia, a regionalização, o Interesse Nacional, e o republicanismo, sendo estes princípios e valores representados pelo Presidente Rui Rio.
      Mais tarde o movimento dá origem ao Partido Chega com o objectivo de roubar votos ao Partido Social Democrata – que se tornou uma força política completamente moribunda e descredibilizada pelo dr. Pedro Coelho – prejudicando assim o PSD e o Presidente Rui Rio nas Eleições Legislativas de 2022.
      O Partido Chega é uma fraude, uma força política liberal/maçónica criada para tentar manter este ilegítimo, criminoso, corrupto, e anti-democrático regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974 assim como o sistema político-constitucional ainda em vigor.
      O Partido Chega representa os interesses do Partido Socialista e os seus aliados, do dr. Pedro Coelho e seu bando.
      Os Portugueses ingénuos ou mais distraídos que apoiam e votam no Partido Chega têm de perceber que estão a ser enganados.

    • Infelizmente em Portugal está tudo muito pior do que em 2015/16, serviços públicos miseráveis, só com cunhas, sei bem do que falo, também uso (sem hipótese de trabalhar).
      Estamos com pleno emprego, turismo em máximos, construção a “bombar”, carga fiscal em máximos (perto de 36%), coleta de impostos indiretos recorde.
      Estes miseráveis dos políticos dizem uma coisa e fazem outra PS=PSD=Sistema.
      VIA VERDE para imigração, pergunto, não estamos já de portas Abertas?

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.