Canais diplomáticos que resistem, apesar da guerra na Ucrânia. Seja debaixo do chão, seja lá em cima no Espaço.
A guerra na Ucrânia cortou centenas ou milhares de relações com a Rússia, por parte de dezenas de países.
No entanto, há ligações diplomáticas que se mantêm, mesmo que seja… num cemitério, ou numa nave espacial.
O primeiro caso destacado pelo portal Good News Network passa-se debaixo do chão. Mais ou menos.
A Rússia tem uma ligação com o Reino Unido, há muitos anos, um protocolo sobre cuidar de túmulos de pessoas que morreram em guerras. No fundo, a manutenção de campas de soldados.
As notícias indicam que deixou de haver conversas entre os dois países sobre este assunto, sobre o cuidar dos túmulos dos soldados mortos. Mas os russos continuam a cuidar dessas campas, mesmo sem pagamento ou sem qualquer pedido do Governo de Londres.
“O cemitério parece muito bem conservado. Alguém está a cuidar dele, mesmo nestes tempos difíceis”, escreveu um historiador russo, sobre o cemitério em Arkhangelsk, na Rússia.
Um diplomata do Reino Unido visitou um cemitério em Murmansk, na Rússia, passado com um colega russo e relatou que o cemitério estava em boas condições.
Refira-se que 663 soldados britânicos estão enterrados na Rússia. Quem trata das campas são militares russos e algumas pessoas de fora das Forças Armadas, contratadas de propósito para esta tarefa: limpeza dos túmulos e manutenção dos jardins.
O jornal The Guardian acrescenta que, do outro lado, o cuidado mantém-se: há fotos de civis, tiradas em cemitérios, que mostram que a guerra na Ucrânia não cancelou o hábito dos soldados britânicos de cuidarem de 671 túmulos de soldados do Exército Vermelho que estão no Reino Unido.
Na Alemanha está a acontecer o mesmo, mas noutra escala: os túmulos dos 600 000 soldados soviéticos continuam a ser alvo de manutenção na Alemanha; e as 760 000 campas de alemães enterrados na Rússia também estão a ser cuidados.
Espaço
Lá em cima, continua a colaboração entre Rússia e EUA.
Por exemplo, em breve o russo Kirill Peskov será o sucessor de dois astronautas da NASA que estavam retidos na Estação Espacial Internacional. O russo vai viajar para os EUA e ser orientado pela NASA, além de viajar numa SpaceX – dos EUA.
Um abraço de grupo entre especialistas do Espaço envolveu recentemente elementos dos EUA e da Rússia, como Alexander Grebenkin – do programa especial russo Roscosmos – ou a engenheira de voo Marina Vasilevskaya.
A esperança prós humanos. agora os políticos é melhor dizer ao heinz pra ligar o gás