Federação Portuguesa de Judo

Investigada a gestão de Jorge Fernandes, antigo presidente. Há suspeitas de tráfico de influência, abuso de poder e peculato.
A Federação Portuguesa de Judo (FPJ) foi hoje alvo de buscas da Polícia Judiciária (PJ), no âmbito de uma investigação que incide sobre a gestão do ex-presidente Jorge Fernandes, anunciou o organismo.
“A Federação Portuguesa de Judo vem por este meio comunicar que no presente dia decorreram buscas por parte da Polícia Judiciária na sua sede, em Odivelas, cujo objeto é a gestão por parte do anterior Presidente, no período em que exerceu essa função”, comunicou a FPJ.
No mesmo comunicado, a federação assegura que os seus órgãos sociais atuais estão a “colaborar ativamente com as entidades” porque quer “ver esclarecidas todas as questões suscitadas e, consequentemente, ser apurada toda a verdade”.
Em causa, segundo o mandato emitido pelo DIAP de Loures a que a agência Lusa teve acesso, estarão crimes de tráfico de influência, abuso de poder e peculato, durante o período em que Jorge Fernandes foi presidente.
O anterior líder da entidade foi destituído da presidência em Assembleia Geral da federação, em 2022. Tinha contratado o filho para a federação e, além disso, era treinador no Judo Clube de Coimbra – ambos os cenários são incompatíveis com a função.
Estava em risco o estatuto de utilidade pública da federação, além de haver várias críticas a Jorge Fernandes.
O antigo presidente já tinha sido o alvo de sete judocas, que o acusaram de opressão. Havia suspeitas de abuso de confiança e usurpação de poder.
Estas buscas decorrem apenas dois dias de outras buscas, noutra federação desportiva, mas de futebol – por suspeitas de corrupção e fraude fiscal. Em causa está a venda da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol.
ZAP // Lusa