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IA que prevê risco de morte salvou vidas em ensaio hospitalar

U.S. Pacific Fleet / Flickr

Um sistema de inteligência artificial (IA) provou ser capaz de salvar vidas ao avisar os médicos para verificarem os doentes, cujos resultados dos testes cardíacos indicaram um risco elevado de morte.

Num ensaio clínico com cerca de 16.000 pacientes, em dois hospitais de Taiwan, um sistema de IA previu e reduziu em 31% o número total de mortes entre os pacientes de alto risco.

O estudo que permitiu chegar ao número supracitado foi levado a cabo por investigadores do Centro Médico de Defesa Nacional de Taiwan e publicado esta segunda-feira, na Nature Medicine.

Através de 450.000 testes de eletrocardiograma (ECG), a IA aprendeu a produzir a percentagem que representa o risco de morte de cada paciente – sendo os que se encontram pelo menos no percentil 95 considerados de alto risco.

À medida que os testes de ECG eram feitos, o sistema de IA analisava os resultados e alertava rapidamente os 39 médicos envolvidos na investigação, caso identificasse o doente como sendo de alto risco.

Como revela a New Scientist, além de reduzir em 31% o risco de morte por todas as causas, esta IA reduziu em mais de 90% as mortes de doentes de alto risco devido a problemas cardíacos. A mesma revista refere que este sistema já está a ser utilizado em 14 hospitais militares de Taiwan.

“Isto é extraordinário (…) É muito raro que um medicamento produza uma redução de 31% na mortalidade e ainda mais raro que um não medicamento – isto é apenas monitorizar as pessoas com IA”, enaltece Eric Topol, do Scripps Research Translational Institute, na Califórnia (EUA), citado pela New Scientist.

“Isto pode ser implementado em todos os hospitais do mundo – não deve ser caro (…) Deveria ser o padrão de tratamento quando se vê esta magnitude de benefícios”, acrescentou o especialista.

ZAP //

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