Militares israelitas terão enterrado pessoas vivas em valas comuns. ONU está horrorizada

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Peritos da ONU para os direitos humanos expressaram o seu “horror” com a descoberta de valas comuns com cadáveres de pessoas que tinham sinais de tortura, execução e de terem sido enterradas vivas pelos militares israelitas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) disse, esta segunda-feira, estar horrorizada com valas com cadáveres de pessoas sepultadas vivas, por militares da Defesa de Israel.

“Estamos horrorizados pelos detalhes sobre as fossas comuns recentemente descobertas na Faixa de Gaza. Mais de 390 corpos foram descobertos nos hospitais Al Nasser e Al Shifa, incluindo de mulheres e crianças“, apontaram os peritos da ONU, em comunicado.

“Muitos corpos parecem ter sinais de tortura e execuções sumárias e possíveis casos de pessoas enterradas vivas”, acrescentam.

A ONU salientou que as mulheres e as crianças “são dos mais expostos aos perigos” neste conflito. Quase metade dos mais de 34 mil palestinianos mortos são crianças e um terço, mulheres.

Entre os mais de 78 mil feridos, cerca de 75% são mulheres e dos mais de oito mil desaparecidos mais de metade são mulheres e crianças, segundo as estimativas dos peritos da ONU.

17 mil crianças órfãs

Estes números representam uma média de 63 mulheres mortas por dia, das quais 37 são mães. Um total de 17 mil crianças palestinianas ficaram órfãs desde o início da ofensiva israelita.

Acresce ainda que 1,7 milhões de deslocados internos e outros 1,1 milhões de habitantes da Faixa de Gaza sofrem “níveis catastróficos” de insegurança alimentar.

Os peritos da ONU destacam ainda os casos de mulheres e raparigas palestinianas desaparecidas e criticaram o governo israelita por não ter feito uma investigação “independente, imparcial e eficaz” às acusações de agressão e violência sexual contra mulheres e raparigas.

Mais de 183 mulheres dão à luz na Faixa de Gaza em cada dia sem qualquer tipo de analgésico e “centenas de bebés morreram por falta de energia elétrica para as incubadoras”.

“Não há mais desculpas”

Os peritos da ONU declararam-se também “consternados por as mulheres serem atacadas por Israel com tanta sanha, com ataques discriminados e desproporcionados. Parece que no poupam meios para destruir as suas vidas e negar-lhes os seus direitos fundamentais”.

Em consonância, exigiram a Israel que “acabe com todas as hostilidades” e aos Estados “o fim imediato de todas as exportações de armas”, uma vez que “não podem continuar a ignorar que as armas são utilizadas para matar mulheres e crianças inocentes. Não há mais desculpas”.

ZAP // Lusa

7 Comments

  1. Quando a maioria das vítimas dos ataques israelitas/sionistas não são militantes terroristas mas mulheres e crianças, resta alguma dúvida de que estamos a assistir a um genocídio? E não me falem em antisemitismo, porque semitas são todos os povos desta região.

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  2. Espero que não aconteça NUNCA algo semelhante às vossas famílias. Não tapem o sol com a peneira: há terroristas dos dois lados – palestinianos e israelitas. Não são a maioria, mas são quem domina a maioria. Há que afastá-los definitivamente, nos dois lados.

  3. Quando é que o Hamas que representa os Palestinos, liberta os reféns e devolve os corpos dos que raptaram, sacrificaram e abusaram?
    Já só deve ter corpos, para não falarem já matou todos, especialmente as mulheres.

  4. Num país como Gaza de 2 milhões, num ano nascem 66.500 bebes. 39.000 crianças nos 214 dias da massacre pelo hamas e morrem também uns 50.000 idosos e doentes.
    Em Portugal há muito menos nascimentos (16.000 para dois milhões de habitantes), pois a população da faixa de Gaza é bastante fértil.
    Dos 35.000 mortos, quase 30 mil seriam de causas naturais. Mas metade são crianças e 10.000 serão elementos da hamas.
    Sendo assim, não bate certo. Ou devia de haver muito mais mortos ou como é?

    Insegurança alimentar não é fome. A TV mostra uma população bem maquilhada, alegre (excepto quando há uma câmara de filmar a frente) e bem alimentada.
    Qual o produto interno da Faixa de Gaza? Ou são alimentados artificialmente estes anos todos por ONG’s?

    Guterres se esquece que a sua própria ONU criou o Estado de Israel. Deviam de o ter feito na Bavaria e Prussia, mas não fizeram. Israel está numa situação impossível com vizinhos dos piores que se podia sonhar.

    Não gosto nem desgosto de judeus, mas se eu estiver numa situação destes, teria reações muito mais radicais que eles. Até acho que os Israelitas mostram um attitude bastante humanista nas situações em que se encontram. E este país é uma DEMOCRACIA verdadeira, não esquecem !

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