A criar os próprios focos de instabilidade: Montenegro “parece que quer eleições”

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Estela Silva / Lusa

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, acusou, esta segunda-feira, Luís Montenegro de ter criado um “Governo de combate” – que “cria focos de instabilidade” e “parece que quer eleições”.

Numa entrevista à SIC e à SIC Notícias, na noite desta segunda-feira, Pedro Nuno Santos acusou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de criar os próprios focos de instabilidade.

Quando questionado sobre se espera eleições legislativas antecipadas, o secretário-geral do PS disse que é o Governo quem aparenta estar a trabalhar para eleições: “Nós não, nós estamos a fazer o nosso trabalho. Quem me parece que quer ter eleições é o Governo”.

O líder socialista reiterou as críticas que tem feito ao primeiro mês do Governo de Luís Montenegro – que classificou de “mau Governo” – contrapondo que, ao contrário do executivo, o PS não criou “nenhum grupo parlamentar de combate”, mas sim uma bancada de deputados “de qualidade que faz o seu trabalho”.

“Nós não criámos nenhum grupo parlamentar de combate. Nós temos um grupo parlamentar de qualidade. Quem criou um grupo de combate foi o Governo (…) De combate contra o governo anterior, contra aquilo que foi feito, contra as oposições. Na realidade, chegámos ao fim de 30 dias com pouco mais do que a mudança de um logótipo e muitas demissões, exonerações, mas pouco sinal de futuro e de esperança”, atirou.

Pedro Nuno Santos acusa o primeiro-ministro de desorientação, e critica-o por não dar explicações sobre a onde de exonerações levadas a cabo desde a tomada de posse.

“Não é um problema de comunicação, é muito mais do que isso: é um problema de incompetência política, de desorientação (…) Se é preciso fazer mudanças nos setores da função pública, devem ser explicadas de forma cabal. A impressão que fica é de profunda desorientação”, sublinhou.

PNS almeja estabilidade

O líder do PS assegurou estar disponível para uma maioria com PSD/CDS que permita viabilizar as negociações que sejam concluídas com diferentes grupos profissionais.

“Mais uma vez uma amostra de que nós não somos uma força de bloqueio, mas sim de responsabilidade porque nós disponibilizamo-nos para construir uma maioria com o Governo que permita viabilizar as negociações que concluírem com os sindicatos”, disse.

A questão da justiça esteve presente em muitas das perguntas que foram feitas ao líder do PS, que recordou a iniciativa conhecida a semana passada de várias “personalidades de reconhecido mérito na sociedade portuguesa” que lançaram um debate sobre uma reforma na justiça.

“E aí está um bom exemplo, é uma matéria onde é muito importante que o PS e o PSD se possam encontrar e discutir em conjunto, trabalhando em conjunto todas as matérias de regime, nomeadamente justiça, política externa, política de defesa”, disse.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Pode ir ! ………mas só se deixar o Gonçalo da Camara Pereira entoar alguma canção tocando con a sua Lira , assim sim talvez tenham maioria absoluta !

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