Tiago Henrique Marques / Lusa
A Polícia Judiciária está a levar a cabo uma megaoperação que visa a maior rede de tráfico de droga do país. Entre os detidos está Joca, um ex-agente da PSP que é suspeito de ter herdado a liderança da rede após Xuxas ter sido preso em 2022.
A Polícia Judiciária está a realizar uma megaoperação com dezenas de buscas que visa a maior rede de tráfico de droga do país. Joca, ex-agente da PSP e herdeiro do trono de Rúben Oliveira, conhecido como Xuxas, foi um dos detidos no Porto.
Com Xuxas em prisão preventiva desde 2022, Joca teria assumido a liderança do esquema gigante de importação de droga da América do Sul. A investigação prende-se com a importação e distribuição de grandes quantidades de cocaína no norte do país, principalmente no Grande Porto, revela o JN.
O ex-agente é ainda primo de Bruno Pidá, condenado no processo Noite Branca, que investigou homicídios na noite do Porto. De acordo com o Correio da Manhã, Joca também esteve envolvido no caso Noite Branca, tendo sido acusado de sequestrar Berto Maluco e de dar a Nuno Gaiato o colete anti-balas para se proteger. Joca também foi detido por estar armado quando a PSP fez buscas à casa de Eduardo Silva, o dono da empresa responsável pela segurança do FC Porto.
Outros dos suspeitos na mira das autoridades são Paulo, que será o número 2 da rede, e Vitinha, que será um dos investidores na rede. Haverá ainda outro homem detido no Minho que estaria ligado às lanchas rápidas que permitem que a droga chegue a Portugal.
As buscas estão a ser presididas pelo juiz Pedro Miguel Oliveira e haverá cerca de 10 detidos, que serão ouvidos amanhã no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
