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Zuckerberg recusa ir ao Parlamento britânico responder sobre escândalo dos dados

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Mark Zuckerberg, fundador do Facebook

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, não vai comparecer no Parlamento britânico para responder a perguntas sobre o escândalo da divulgação de dados pessoais, deixando essa tarefa para um dos adjuntos.

Numa carta enviada ao presidente da comissão parlamentar de Assuntos Digitais, Cultura, Media e Desporto, Damian Collins, a responsável das Relações Públicas da rede social, Rebecca Stimson, indica que será um dos adjuntos de Zuckerberg a dar resposta às perguntas dos deputados.

Esta comissão convocou no dia 20 o fundador do Facebook para explicar a alegada divulgação indevida de dados de mais de 50 milhões de utilizadores, que pode ter ajudado a campanha eleitoral do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Stimson reconhece na carta que a empresa concorda que estes assuntos “têm de ser abordados ao mais alto nível da empresa por diretores em posições de autoridade“, e acrescenta que o próprio Zuckerberg “pediu a um dos seus adjuntos para que se coloque à disposição da comissão parlamentar para prestar declarações pessoalmente”, segundo a agência de notícias espanhola Efe.

Nesse sentido, a porta-voz do Facebook diz que o responsável de tecnologia da empresa, Mike Schroepfer, e o chefe de produto, Chris Cox, estão disponíveis para ir ao Parlamento britânico a seguir à Semana Santa, já que “ambos têm uma grande experiência nestes assuntos e estão bem posicionados para responder às questões sobre estes temas complexos”.

Entretanto, continua a carta, a empresa “vai continuar a trabalhar sobre os assuntos decorrentes dos acontecimentos recentes”.

De acordo com os jornais norte-americano “New York Times” e o britânico The Observer, a empresa britânica Cambridge Analytica, que foi contratada tanto pelos responsáveis da campanha eleitoral de Trump, como pelos partidários do Brexit, compilou informação de milhões de eleitores a partir do Facebook.

A partir desses dados, desenhou um programa informático para antecipar o sentido de votos de milhões de pessoas e tentar influenciar as suas decisões, segundo as notícias publicadas pelos dois jornais.

// Lusa

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